O deputado federal e pré-candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, Alessandro Molon (PSB-RJ), falou sobre os posicionamentos do pré-candidato ao governo do estado, Marcelo Freixo (PSB-RJ), em defesa da desistência do próprio correligionário.
Na entrevista que concedeu ao O Globo, Molon revelou que está “perplexo” com os posicionamentos de Freixo. “A única candidatura ao Senado com condições reais de vencer o bolsonarismo é a minha”, afirmou o parlamentar.
“Ceciliano está muito atrás nas pesquisas. Dos seis partidos da coligação de Freixo, três me apoiam. Isso não é questão de capricho nem de vaidade. Não há qualquer sentido em me pedir para desistir“, completou.
Vale lembrar que no Rio, PT e PSB fecharam um acordo para que a chapa oficial seja formada por Freixo ao governo e o presidente da ALERJ, André Ceciliano (PT), ao Senado. Segundo Molon, esse acordo não chegou a ele.
“Nunca fiz acordo para ceder a vaga de pré-candidato ao Senado. Nem com Freixo, nem com o PT”, declarou. “Tenho 20 anos de vida pública honrada e sou conhecido como uma pessoa de palavra. Nunca empenhei minha palavra num acordo nesse sentido”.
Ontem, o próprio Molon recebeu uma carta assinada por intelectuais que pedem a retirada de seu nome da disputa à Casa Alta.
“A postulação de sua candidatura ao Senado, embora legal e legítima, e fundamentada em seus méritos indiscutíveis, coloca em risco a coalizão suprapartidária, o mais poderoso instrumento político que se logrou formar, em décadas”, afirma o documento.
“Nada justificaria colocar em risco a unidade, essa conquista extraordinária, que nos oferece a oportunidade de alcançar uma vitória histórica, elegendo Lula presidente e Freixo governador”, complementa.
Sobre isso, Molon responde dizendo que tem “uma lista de mais de cem intelectuais e artistas que me apoiam”. “Todo dia ouço apelos para manter minha candidatura e não entregar a eleição ao Romário, que é o candidato do Bolsonaro”, finaliza.
Saladino
05/07/2022 - 18h33
Fica firme, Molon!
Trata-se da mesma conversa fiada que levou Haddad a ter a cabeça da chapa e ser varrido do mapa, quando a candidatura de Ciro teria imposto uma derrota histórica aos filhotes da ditadura.