A posição definitiva de Marcelo Freixo (PSB) sobre a inclusão do presidente da ALERJ e pré-candidato ao Senado André Ceciliano (PT), na sua chapa, não é só uma questão de resolver um impasse local entre PT e PSB.
O posicionamento de Freixo reflete a sua compreensão do jogo político-eleitoral do Rio de Janeiro, um estado complexo e problemático que o socialista pretende governar a partir de 2023, caso vença o pleito deste ano.
Como foi dito aqui em meados de maio, Ceciliano sempre foi o nome predileto do ex-presidente Lula para disputar o Senado. Afinal de contas, não se pode ignorar a influência política de uma liderança que ocupa a presidência de uma Casa Legislativa.
Também foi lembrado neste espaço que as movimentações de Ceciliano fazem com que o petista tenha muito mais facilidade de penetrar eleitoralmente em regiões e setores onde, por exemplo, o pré-candidato do PSB ao Senado, Alessandro Molon, tem sérias dificuldades.
Como se sabe, Ceciliano tratou de montar seu próprio “bunker” através de parcerias institucionais com os prefeitos, especialmente na baixada fluminense. O petista tem trabalhado bastante para ser, na nova legislatura, a principal ponte entre o Palácio da Guanabara e o Governo Federal.
Além disso, os vínculos políticos de Ceciliano com os prefeitos podem auxiliar o possível governo do PSB a firmar parcerias administrativas com os municípios. Sendo assim, Freixo compreendeu que o petista poderá ser muito útil em sua provável gestão.