A posição definitiva de Marcelo Freixo (PSB) sobre a inclusão do presidente da ALERJ e pré-candidato ao Senado André Ceciliano (PT), na sua chapa, não é só uma questão de resolver um impasse local entre PT e PSB.
O posicionamento de Freixo reflete a sua compreensão do jogo político-eleitoral do Rio de Janeiro, um estado complexo e problemático que o socialista pretende governar a partir de 2023, caso vença o pleito deste ano.
Como foi dito aqui em meados de maio, Ceciliano sempre foi o nome predileto do ex-presidente Lula para disputar o Senado. Afinal de contas, não se pode ignorar a influência política de uma liderança que ocupa a presidência de uma Casa Legislativa.
Também foi lembrado neste espaço que as movimentações de Ceciliano fazem com que o petista tenha muito mais facilidade de penetrar eleitoralmente em regiões e setores onde, por exemplo, o pré-candidato do PSB ao Senado, Alessandro Molon, tem sérias dificuldades.
Como se sabe, Ceciliano tratou de montar seu próprio “bunker” através de parcerias institucionais com os prefeitos, especialmente na baixada fluminense. O petista tem trabalhado bastante para ser, na nova legislatura, a principal ponte entre o Palácio da Guanabara e o Governo Federal.
Além disso, os vínculos políticos de Ceciliano com os prefeitos podem auxiliar o possível governo do PSB a firmar parcerias administrativas com os municípios. Sendo assim, Freixo compreendeu que o petista poderá ser muito útil em sua provável gestão.
T.Meireles
03/07/2022 - 19h04
Acho Molon um pula-pula de partido pelo pouco tempo na vida pública. A gente presencia esse exeŕcício de pássaro na gaiola aí com Ciro Gomes também.
Alexandre Neres
03/07/2022 - 12h59
A postura do Freixo está sendo escorreita.
Diga-se de passagem, tenho mais simpatia pelo Molon do que pelo Ceciliano.
O PSB e Molon estão forçando demais a barra. Invocar uma isonomia de tratamento com o PSD em Minas pega mal. O PSB está se tornando cada vez mais um partido fisiológico. E olhem que o PT que é acusado de hegemonista.
O que se espera do Molon é que cumpra o acordo celebrado com o Freixo, no sentido de retirar sua candidatura ao Senado caso o Freixo se tornasse um candidato competitivo, o que de fato aconteceu.