O encontro entre o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), e o ex-presidente Michel Temer (MDB) na semana passada foi, sem dúvida, a cartada de reaproximação política entre o líder emedebista e o ex-presidente Lula.
Com a perspectiva de não ruptura das reformas trabalhista e previdenciária (já adiantada aqui) no possível governo liberal-social, a partir de 2023, Lula e Alckmin já compreendem que vão precisar de alguns pontos defendidos na versão atualizada do programa “A Ponte para o Futuro”.
O encontro de Alckmin e Temer não se tratou apenas de eventual apoio político do ex-presidente à Lula, mas foi para pacificar a ideia de que a chapa lulista não representa ameaça as reformas já aprovadas durante o governo do MDB.
A movimentação neste sentido é que Temer mande essa mensagem para setores empresariais que atualmente estão mais próximos de apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. O ex-presidente também fará essa movimentação a investidores estrangeiros.
Diga-se de passagem, Lula já sinalizou nos últimos três encontros com o setor privado a não ruptura das reformas trabalhista e previdenciária aprovadas no pós-impeachment de Dilma Rousseff.
No próximo dia 5, Lula e Alckmin irão jantar com a cúpula da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) para reforçar esse compromisso. Não haverá por parte da chapa Lula-Alckmin hostilidade as pautas pró-mercado.
marco
01/07/2022 - 13h30
O papel do Temer todos nós já sabemos, ensinar o para o Alckmin o roteiro para o golpe, se necessário.
Talvez, nem seja necessário, pois como ouvi várias vezes , Lula não é de esquerda.
Inacreditável pensar que o interesse desses personagens mudou.