A possível instalação da CPI do MEC tem sido motivo de preocupação da base aliada do governador Rui Costa (PT) na Bahia. Isso porque uma eventual investigação contra o Governo Federal, às vésperas da campanha eleitoral, poderá enfraquecer Jair Bolsonaro (PL) e, por tabela, seus aliados a nível local.
Como se sabe, o Palácio do Planalto tem o ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL), como seu pré-candidato oficial ao governo baiano.
Um interlocutor da base governista confirmou que a avaliação é que com o desgaste de Bolsonaro e Roma, gerados pela CPI, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), poderá ser o maior beneficiado pela transferência de votos dos eleitores do ex-ministro.
É bom ressaltar que Neto tem liderado isoladamente as pesquisas para o Palácio de Ondina, algumas delas apontando vitória no 1° turno.
Na última pesquisa Genial/Quaest, por exemplo, o ex-prefeito registrou 67% das intenções de voto. Já o pré-candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, estava com 6%, empatado com o próprio João Roma (PL), com 5%.
Outro detalhe que preocupa o entorno da pré-campanha petista, segundo esse interlocutor, é a alta aceitação de Neto entre os eleitores do ex-presidente Lula (PT). Na própria pesquisa Genial/Quaest, foi apontado que o ex-prefeito de Salvador tem 70% das intenções de voto entre quem declara predileção ao líder progressista.
Já no Senado, o líder da oposição Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda aguarda a assinatura do senador Otto Alencar (PSD-BA) no requerimento para instalação da CPI. Vale lembrar que o cacique pessedista é aliado do Partido dos Trabalhadores na Bahia e tenta a reeleição ao Senado na chapa da situação.
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