As pré-candidaturas competitivas do União Brasil aos governos de Alagoas, Bahia, Ceará e Piauí são prelúdios de como pode ser a relação do ex-presidente Lula (PT) com esses postulantes no decorrer dos pleitos estaduais.
Apesar de ter nomes do PT disputando em dois dos quatro estados mencionados, Lula compreende a necessidade de manter, se possível, uma certa postura de neutralidade ou a possibilidade de aliança branca (informal) com esses nomes do União Brasil a nível local.
Em diversas oportunidades, o ex-presidente tem dito que, caso vença a eleição, uma de suas primeiras medidas será de conversar com os governadores eleitos.
Trata-se da reconstrução do Pacto Federativo e das parcerias administrativas. É um pouco da repetição da estratégia de 2002. No caso do Nordeste, é ainda mais importante para Lula manter a relação pacífica com os futuros governadores, independente de partido.
Vale lembrar que, há décadas, o Nordeste é o principal reduto regional de Lula, onde o eleitorado mantém firme a predileção pelo ex-presidente, diferentemente das regiões Sul e Sudeste que já deram vitórias ao PSDB e no próprio Bolsonaro.
Por isso, é provável que o líder progressista não adote a postura de nacionalizar as disputas locais no Nordeste. Em outras palavras, Lula pode deixar o eleitor a vontade!
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