O assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips chamaram atenção não apenas para a violência na região amazônica. Estamos vivendo na era Bolsonaro uma política de destruição ambiental deliberada. A devastação tem sido movida por ações, discursos e omissões do presidente.
O governo falha em coibir atividades criminosas ao mesmo tempo em que tenta legalizá-las, para que possam ocorrer sem entraves – a chamada “passar a boiada”. O desmatamento e as queimadas na região amazônica tem crescido nos últimos anos, somente em 2021, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou o desmatamento de 13.038 km² – o pior índice desde 2006.
A área devastada no ano passado é mais de oito vezes superior à da cidade de São Paulo. Além do IBAMA, a FUNAI, o Instituto Chico Mendes e o Ministério do Meio Ambiente foram esvaziados.
Para o governo federal, o meio ambiente, a fauna e os povos indígenas são obstáculos. Eles atrapalham o projeto político e econômico que desejam implementar a todo custo, independente dos estragos que isso cause para o Brasil e para o mundo. Temos que lutar pela memória de Bruno Araújo e Dom Phillips e a melhor maneira de fazer isso é protegendo nosso principal ecossistema!
Acrísio Sena é deputado estadual (PT-CE) e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALECE