Na noite desta sexta-feira, 24, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, e o ex-presidente Lula (PT) conversaram para tentar resolver um impasse na disputa pelo governo estadual.
Segundo uma fonte do PSB paulista, a conversa entre os dois foi amistosa e sem pressão de ambas as partes. Essa fonte também confirmou que o presidente da sigla, Carlos Siqueira, foi informado sobre o desenrolar da reunião.
Já o pré-candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, não participou da conversa, pois estava em Andradina (SP) participando da inauguração de uma cooperativa de laticínios do MST. Alckmin estava acompanhado do também pré-candidato Fernando Haddad (PT).
Pelo lado dos socialistas em São Paulo, há uma sinalização clara que a postulação de França será mantida. Tanto é que na manhã deste sábado, 25, a executiva nacional do partido divulgou nas redes sociais um trecho da entrevista de França ao Roda Viva onde ele reitera sua candidatura ao executivo paulista.
Outro detalhe relevante é que o próprio Alckmin declarou apoio a França durante o lançamento das pré-candidaturas a deputado estadual e federal do PSB na Câmara Municipal de Osasco (SP). O evento aconteceu na última quarta-feira, 22.
Nos bastidores, França mantém conversas com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar. O presidente estadual do UB paulista, Júnior Bozzella, tem feito a mediação entre França e Bivar.
Pelo lado do PSD, Kassab ainda mantém a tese de candidatura própria do partido, mas segundo um interlocutor do ex-ministro, ele deverá ter uma conversa definitiva com o pré-candidato Felício Ramuth, já nos próximos dias, sobre o cenário paulista.
Por fim, França ainda tem mais uma carta na manga, firmar uma aliança com o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB). Neste cenário, o socialista sairia como candidato ao Senado pela chapa tucana. Pelo desenrolar das articulações, só em última hipótese França toparia formar uma chapa com Haddad.