A Petrobras anunciou na sexta-feira (17) que as refinarias vão aumentar os preços do diesel (14,2%) e da gasolina (5,2%). O substancial aumento deve pressionar a inflação, inicialmente no grupo dos transportes, mas, vai gerar impacto em toda cadeia econômica.
Um choque para o brasileiro que não aguenta mais a elevação do custo de vida. O que mais impressiona é o movimento do presidente Bolsonaro para se eximir da responsabilidade da política de preços dos combustíveis. A Petrobras é uma empresa mista, tendo o governo federal como acionista majoritário – com direito a indicar o presidente da companhia.
O objetivo do governo Bolsonaro é jogar a culpa dos reajustes nos governadores, na guerra da Ucrânia e reduzir (inutilmente) o ICMS, tendo, mais recentemente, chegado ao absurdo de propor uma CPI para investigar a diretoria da empresa.
Todas essas ações funcionam como “cortina de fumaça” para tirar a atenção de um fato básico – o presidente não quer alterar a política de preços dolarizada da Petrobras, beneficiando diretamente os acionistas com lucros recordes. A consequência disso é o estrangulamento da economia e o empobrecimento da população. Somente no governo Bolsonaro a gasolina comum aumentou 74% – o maior da história. É hora da Petrobras voltar a ser dos brasileiros!
Acrísio Sena é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores do Ceará