Na noite desta quinta-feira, 16, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), resolveu atacar a Petrobras após a empresa ter sinalizado um novo aumento no preço dos combustíveis.
Lira chamou a petrolífera de “República Federativa da Petrobras” e acusou a empresa de se rebelar contra o país. Vale lembrar que o alagoano foi favorável a política de preços adotada pela Petrobrás, a chamada PPI.
“A República Federativa da Petrobras, um país independente e em declarado estado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro, parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis”, escreveu Lira no Twitter.
“Enquanto tentamos aliviar o drama dos mais vulneráveis nessa crise mundial sem precedentes, a estatal brasileira que possui função social age como amiga dos lucros bilionários e inimiga do Brasil”, completou.
O pepista anunciou para a próxima segunda-feira, 20, “uma reunião de líderes” para discutir a atual política de preços da petrolífera e mandou um recado para a autonomia do conselho de diretores da estatal: “[A política de preços] pertence ao Brasil e não à diretoria da Petrobras”.
Nelson
17/06/2022 - 11h46
O apodrecimento moral das nossas autoridades parece não ter fim. Elas chegaram ao fundo do poço e parecem querer cavá-lo para poderem afundar ainda mais. Para ser justo, tenho que dizer aqui que há, sim, aqueles que não se deixaram nem se deixam enlamear, mas eles compõem a minoria, infelizmente.
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Pelas declarações desse ser espúrio e de outros, a Petrobras seria um ser animado, dotado de vontade própria e total livre arbítrio. Não é assim. A Petrobras ainda é uma empresa pública controlada pelo governo federal e que deve ser gerida conforme as determinações desse mesmo governo.
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Essas determinações deveriam ser estabelecidas por um amplo conselho popular e não por governos, que, salvo raras exceções, têm suas eleições financiadas pelo grande capital exatamente para privatizarem o que é do povo e entregarem as riquezas a esse capital. Mas, talvez um dia consigamos evoluir para algo assim.
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Nunca é demais repetir. Em outubro de 2016, o governo corrupto, golpista e entreguista de MiShell Temer tomou a decisão POLÍTICA de impor à Petrobras o PPI. A partir dali os preços dos combustíveis passariam a aumentar sucessivamente.
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Consoante com o seu projeto “Ponte para o Futuro”, o objetivo de MiShell Temer com a adoção do PPI e de outras medidas lesa-pátria, foi o de privatizar, cada vez mais, a renda gerada na exploração da imensa riqueza que o Brasil passou a dispor a partir da descoberta do Pré-Sal. Ainda antes de privatizar a Petrobras de um todo.
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Se o PPI foi imposto por meio de uma medida POLÍTICA, o senhor Jair Bolsonaro, o mesmo do “Brasil acima de tudo”, do “Pátria amada Brasil”, que se diz – da boca para fora, evidentemente – patriota até debaixo d’água, poderia também tomar uma medida POLÍTICA derrubando o PPI.
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A pergunta é: por que ele não toma tal medida? Ora, porque ele foi eleito para dar sequência ao trabalho sujo iniciado por Temer. O grande objetivo do golpe de Estado de 2016 é o desmantelamento final do Estado brasileiro e a entrega, também final, de todo o nosso patrimônio e riquezas ao grande capital, nacional e estrangeiro, de preferência ao último.
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É isto que Jair Bolsonaro vem fazendo, por detrás de slogans que exalam amor à pátria, mas que são, na realidade, totalmente vazios de conteúdo.
carlos
17/06/2022 - 11h05
Aí que burro pra que serve a agência Nacional do petróleo gás natural e biocombustíveis?