Reuters – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu nesta terça-feira como presidente o ministro Alexandre de Moraes para comandar a corte e conduzir as eleições gerais de outubro, em meio a uma crise institucional alimentada por ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e a cortes superiores.
Moraes, que assumirá o comando do tribunal em agosto no lugar de Edson Fachin, tem sido um dos alvos principais do presidente da República e aliados. Ele é relator de uma série de inquéritos em que Bolsonaro figura como investigado e não tem se intimidado com os ataques, muitas vezes pessoais.
“Posso garantir que a justiça eleitoral irá concretizar eleições limpas, seguras e transparentes”, disse Moraes em discurso após a votação. “A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil”.
O ministro Ricardo Lewandowski foi eleito para a vice-presidência da instância máxima da justiça eleitoral. A escolha dos nomes é definida por uma regra pré-definida de rotatividade do tribunal.
Os ministros terão a tarefa de tocar o pleito eleitoral de outubro em meio a questionamentos sobre o sistema de votação por meio das urnas eletrônicas.
Bolsonaro e partidários lançam dúvidas, sem provas, sobre a segurança do sistema, sugerem que ele não permite a auditagem e levantam suspeitas sobre a possibilidade de fraudes. O presidente já afirmou em algumas ocasiões que não aceitará o resultado de eleições que não considerar “limpas”.
O TSE tem reiterado, seja por meio de ministros, seja por meio de testes e divulgação de dados, que o sistema de votação é seguro, confiável e que as urnas são invioláveis.
Em uma recente tentativa de rebater acusações falsas sobre a confiabilidade do sistema, o TSE afirmou em nota na segunda-feira que “todas as medidas voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022 vêm sendo amplamente divulgadas pelo Portal do TSE e pela imprensa, o que leva a crer que questionamentos sobre o assunto acontecem apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas”.
O TSE é composto por sete ministros: três do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois representantes da classe dos juristas, advogados com notável saber jurídico e idoneidade. Para a presidência e a vice do tribunal, os nomes são definidos por rodízio entre os membros que vieram do STF.
ARY BOREL DE AGUIAR NETO
15/06/2022 - 02h24
A pergunta é: E esse é o papel do TSE?!
Zulu
14/06/2022 - 23h01
Não há como ser transparente algo que não é tangível, que ninguém vê e não é fisicamente auditavel…é como não votar.
Isso é o básico do básico da normalidade…poucos dias atrás a França, um dos berços da democracia elegeu Macron votando com lápis no papel…faltam tecnologia ouvtecursos na França para ter “urnas eletrônicas” ?
Quem pariu essa Imbecilidade das urnas eletrônicas ?
Qual é o problema de fazer coisas normais ao invés de inventar bizarrices ?
Saulo
14/06/2022 - 22h50
E os hackers que passearam por semanas no sistema do TSE…?
Hoje não existe nenhum sistema que seja 109% seguro.
O voto eletrônico é uma porcaria de quarto mundo, apertar um botão é a mesma coisa de não votar.
Ronei
14/06/2022 - 22h42
O Presidente do TSE é o mesmo que usa do cargo no STF para fazer oposição sistemática ao atual governo e seus apoiadores… é isso o que acontece no Brasil, esse é o nível da democracia Brasileira.
Kleiton
14/06/2022 - 22h39
Essa tal de “justiça eleitoral” existe onde além do Brasil ?
Serve para que essa aberração inútil ?