A pré-candidatura presidencial de Simone Tebet (MDB) é uma empreitada política e eleitoral do ex-presidente Michel Temer e do presidente Nacional do MDB, Baleia Rossi.
Os diretórios regionais emedebistas, incluindo no Nordeste, vão garantir o palanque para Tebet nos seus respectivos estados, mesmo que não sejam palanques exclusivos.
Isso porque a postulação de Tebet estará protegida pela lei que obriga os partidos a reservar 30% dos recursos para candidaturas femininas. Outro ponto interessante é que a postulação da senadora representa a repaginada do projeto “A Ponte para o Futuro”.
A pré-candidatura de João Doria, que desistiu na semana passada, nunca foi a predileção dos setores da classe média dos grandes centros urbanos.
O tucano também era uma figura rejeitada entre o eleitorado conservador nas zonas rurais das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste por bater de frente contra as pautas consideradas “bolsonaristas”.
Mas voltando a figura do senador Tasso Jereissati, o tucano cearense ficou responsável por acalmar setores do establishment e principalmente do mercado financeiro que anseiam por uma candidatura “nem Lula, nem Bolsonaro”.
A movimentação de Tasso foi acordada com o ex-presidente Temer e Baleia Rossi, pois o nome de Doria sempre teve a resistência da executiva emedebista. O acordo resulta na chapa MDB-PSDB e, sem dúvidas, Tasso Jereissati é o nome mais equilibrado do PSDB.