Por Acrísio Sena
O sociólogo Betinho dizia que “quem tem fome tem pressa”. Nessa mesma linha e considerando o desafio imediato de enfrentar a insegurança alimentar no Ceará, devemos estruturar um Pacto Cearense contra a Fome.
Segundo o IBGE (2021), temos 1,2 milhões de famílias na extrema pobreza. É importante realizar a radiografia da fome no Ceará, mas também destacar experiências que já existem e são exitosas.
Pensamos três frentes que se articulam com esse objetivo:
1) A criação de parcerias com os bancos populares e linhas de crédito sem burocracia e a fundo perdido, com o Governo do Estado firmando um acordo com os bancos Palmas (Conj. Palmeiras) e Paju (Pajuçara) viabilizando, via FECOP, linhas de crédito para as famílias em situação de vulnerabilidade social da Região Metropolitana de Fortaleza;
2) Impulsionar a criação de Cozinhas Solidárias com recursos próprios do Estado, além de firmar parcerias para arrecadar alimentos junto aos supermercados e indústrias;
3) Montar uma rede com protagonismo estratégico de organizações sociais como associações de moradores, MTST e a CUFA, que fazem um trabalho belíssimo em defesa da segurança alimentar.
A pandemia da COVID-19 criou uma poderosa sinergia para salvar o maior número de cearenses da morte e da ruína financeira. Não tenho dúvida que o Governo do Estado tem todas as condições de coordenar uma mobilização estadual e urgente de combate à fome!
Acrísio Sena é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores do Ceará