A posição estratégica que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), André Ceciliano (PT), ocupa no xadrez político fluminense permite, naturalmente, que ele seja um nome competitivo na disputa por uma vaga no Senado.
Na esfera local, Ceciliano mantém suas pontes tanto com o governador Cláudio Castro (PL) quanto com partidos da base aliada da atual gestão estadual. No plano nacional, não há dúvidas que ele é o nome oficial e predileto do ex-presidente Lula.
Essas movimentações tem feito com que o petista tenha muito mais facilidade de penetrar eleitoralmente em regiões e setores onde, por exemplo, o pré-candidato do PSB ao Senado, Alessandro Molon, tem sérias dificuldades.
Na baixada fluminense, Ceciliano costura seu próprio “bunker” através de parcerias institucionais com os prefeitos. Vale destacar que é muito provável que esses gestores municipais trabalhem pela chapa informal “Lula-Castro-Ceciliano”.
Por outro lado, o petista pode ser muito útil num possível governo de Marcelo Freixo (PSB), caso o socialista vença a disputa contra Castro. Até o momento, o grupo político de Freixo não compreendeu a importância estratégica da pré-candidatura de Ceciliano.
Isso porque como presidente da ALERJ, Ceciliano tem trabalhado bastante para ser, na nova legislatura (caso vença a eleição para o Senado), o principal interlocutor entre o Palácio da Guanabara e o Governo Federal.
Além disso, a parceria de Ceciliano com os prefeitos pode auxiliar o possível governo de Freixo a manter uma boa relação institucional com esses gestores. Diante de tudo isso, não há dúvidas de que Ceciliano é o “coringa” da vez na política do Rio de Janeiro.
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