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Caoa fecha fábrica de veículos em Jacareí

Por Altamiro Borges A política econômica imposta pelo abutre financeiro Paulo “Offshore” Guedes, o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro, está destruindo a nação brasileira, gerando desinvestimento, falências e desemprego. Na semana passada, mais uma multinacional anunciou o fim das suas atividades no Brasil. A empresa chinesa Caoa Chery encerrará a produção de veículos na sua […]

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Por Altamiro Borges

A política econômica imposta pelo abutre financeiro Paulo “Offshore” Guedes, o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro, está destruindo a nação brasileira, gerando desinvestimento, falências e desemprego. Na semana passada, mais uma multinacional anunciou o fim das suas atividades no Brasil. A empresa chinesa Caoa Chery encerrará a produção de veículos na sua fábrica em Jacareí, no interior de São Paulo. A decisão, que pegou de surpresa a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, deve resultar na demissão de 485 trabalhadores.

Segundo Weller Gonçalves, presidente da entidade, a montadora comunicou que demitirá todos os trabalhadores da sua linha de produção, somando 370 cortes, e 50% dos funcionários do setor administrativo – mais 115 profissionais. Os outros 115 do setor deverão ser realocados. Reportagem da Folha registrou que “o encerramento das atividades está sendo debatido entre o sindicato e a empresa. A entidade tenta minimizar o impacto dos cortes na região”.

A Caoa Chery foi inaugurada na cidade de Jacareí em 2014. A unidade foi a primeira da multinacional fora da China. Além dessa unidade, a empresa tem outra fábrica em Anápolis (GO). Segundo a montadora, a produção deverá ser redirecionada para a unidade em Goiás. “A meta de produção de 60 mil unidades neste ano está mantida. Quanto aos funcionários, a Caoa confirma o início das negociações com o sindicato e diz que pagará as verbas rescisórias e demais encargos legais”, relata a Folha.

Nas negociações com o sindicato, a empresa jogou a culpa pelo fechamento da fábrica na pandemia da Covid-19 e nas dificuldades para importação de peças. O argumento, porém, não convenceu a entidade – que responsabiliza o governo pelo acelerado processo de desindustrialização no país. A entidade segue negociando com a montadora chinesa. “A intenção é manter os trabalhadores em licença remunerada em maio, colocá-los em layoff de junho a outubro e garantir mais três meses de estabilidade de outubro a janeiro”.

Fechamento da Ford e demissões na Tectoy 

Sobre a desindustrialização crescente no país vale relembrar o encerramento das atividades da Ford, que em 2019 fechou a sua histórica unidade em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Ou mencionar outro caso recente. Na semana passada, a fabricante de componentes eletrônicos Tectoy anunciou a demissão de 200 metalúrgicos da sua fábrica em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

O facão foi abrupto, sem qualquer negociação, segundo Gilberto Almazan, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. “Queremos buscar alternativas para reduzir o máximo possível os prejuízos para os trabalhadores. Para isso, já acionamos a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo… Lamentamos a falta de diálogo da empresa com o sindicato, para que pudéssemos encontrar saídas para evitar essas demissões”.

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