Por Antonio Lavareda
ECONOMIA BALIZA A ELEIÇÃO. TUDO MAIS PARECE RUÍDO
1. O PRESIDENTE MANTÉM-SE COM 31% NA ESTIMULADA. E OSCILA UM PONTO ACIMA NA ESPONTÂNEA, COM 29%. LULA PERDE UM PONTO NA ESTIMULADA E VOLTA AOS 44% DA
PENÚLTIMA RODADA.
Ciro segue na terceira posição, com 8%. O mesmo ocorre na sequência dos outros nomes, praticamente com os mesmos números do levantamento anterior: Doria,3%; Janones,2%; Tebet,1%; e Felipe D’Ávila,1%.
2. ENTRE OS LÍDERES, O SEGUNDO TURNO É IGUAL AO DA PESQUISA ANTERIOR: LULA,54% X BOLSONARO,34%. POUCAS ALTERAÇÕES OCORRERAM NOS OUTROS QUATRO CENÁRIOS TESTADOS.
Ciro recupera um ponto contra Lula e faz movimento inverso contra Bolsonaro. Doria recua um ponto contra Bolsonaro.
3. APROVAÇÃO AO GOVERNO AVANÇOU UM PONTO (PARA 35%), ASSIM COMO A AVALIAÇÃO POSITIVA (ÓTIMO/BOM) QUE VAI A 31%. COM A DESAPROVAÇÃO ESTABILIZADA EM 62%, BEM COMO A AVALIAÇÃO NEGATIVA DE 52%.
Nos dois casos, a variação entre indecisos e os que não opinaram explica a inexistência de um efeito “gangorra” entre as duas principais avaliações.
4. AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE COVID-19 PÓS CARNAVAL FORA DE ÉPOCA É REFLETIDO NA PESQUISA. DIMINUI TRÊS PONTOS (PARA 56%) O CONTINGENTE QUE DECLARA NÃO ESTAR MAIS “COM MEDO DO CORONAVIRUS”.
Na mesma proporção avança o percentual dos que dizem “estar com um pouco de medo” (32%), mantendo-se ainda estável o segmento que declara ter “muito medo” (11%).
5. MAIORIA DA POPULAÇÃO DESAPROVA O PERDÃO A DANIEL SILVEIRA: 56% X 29%. PARA 35% A MEDIDA DIMINUIRÁ A CHANCE DO VOTO EM BOLSONARO, AUMENTARÁ PARA 20%, E NÃO ALTERARÁ PARA 31%.
Observando-se a leitura das possíveis consequências do gesto na campanha, vê-se que, embora desperte um debate muito relevante do ponto de vista judicial e político, seus efeitos não impactam a arena eleitoral.
6. DISPAROU A PREOCUPAÇÃO COM A INFLAÇÃO E O CUSTO DE VIDA – DE 15% EM NOVEMBRO, ALCANÇOU AGORA 23%. NO CONJUNTO, O PESO DA AGENDA ECONÔMICA SUBIU DE 38% PARA 47%.
Dessa questão da pesquisa se pode inferir a expectativa da sociedade face ao próximo presi- dente “logo no início do governo”. “Desemprego” foi de 13% para 17%, enquanto a menção a “fome/miséria” recuou de 9% para 6%, possivelmente em consequên- cia do “Auxílio Brasil”.
Após os itens econômicos agregados, os sociais vêm em segundo (“Educação”, 23%) e terceiro lugares (“Saúde”, 14%). Em posições mais distantes comparecem “Corrupção” (5%) e “Violência” (4%). Esse ranking ajuda a entender o que está sendo efetivamente objeto da atenção do público nessa fase de pré-campanha, com potencial para produzir eventuais mudanças substantivas nas suas escolhas.
7. “CAMINHO ERRADO”, 63% X “CAMINHO CERTO”, 32%. O BRASIL CONFIRMA O BORDÃO DE JAMES CARVILLE: “É A ECONOMIA, ESTÚPIDO”. ELA É ATUALMENTE O PRINCIPAL OBSTÁCULO PARA UMA RECUPERAÇÃO MAIS SIGNIFICATIVA DO INCUMBENTE.
Oscilaram um ponto acima tanto o quantitativo dos que têm uma percepção negativa do rumo atual, quanto os que nutrem uma leitura positiva. Numa eleição “normal”, substancialmente diferente em suas circunstâncias de uma eleição “crítica” (a exemplo da nossa de 2018) , a economia em todos os países costuma ser a principal baliza do processo, conforme sintetizou o consultor de Bill Clinton, em 1992.
Jorge
06/05/2022 - 13h12
Fazem um ano que as pesquisas dizem o mesmo, oscilando dentro da margem de erro
Com a proximidade das eleições os eleitores do ciro, vão migrar para o LULA que ganha no 1 º turno