Na tarde desta quarta-feira, 4, a InfoMoney divulgou a nova rodada do Barômetro do Poder, levantamento que compila mensalmente as avaliações e expectativas de consultorias de análise de risco político e de analistas independentes sobre temas relevantes no Brasil.
Desta vez, o levantamento mostra a avaliação desses agentes sobre quem poderá assumir o Ministério da Economia do possível governo do ex-presidente Lula em 2023.
Vale lembrar que o líder progressista já sinalizou que o seu ministro da Economia terá que ter um perfil político para que possa fazer as pontes com o Congresso. Porém, a intenção de Lula é anunciar esse nome após a eleição, caso vença a disputa.
Para os analistas ouvidos pelo Barômetro, o nome natural que poderá assumir a pasta mais robusta do Governo Federal é o atual governador da Bahia, Rui Costa (PT). Cerca de 31,3% das respostas espontâneas apontam o nome do petista baiano.
Altamente popular na Bahia, o nome de Rui também é citado constantemente nas conversas entre os agentes do mercado financeiro e interlocutores da campanha de Lula como o deputado federal José Guimarães (PT-CE) e José Dirceu.
Economista de formação, Rui Costa implementou um ajuste fiscal na sua gestão estadual, bem visto pelo mercado, e por isso tornou-se um nome “prioritário” na lista de possíveis ministros. Outro nome citado pelos agentes é do ex-prefeito Fernando Haddad (12,5%).
Mas um ponto interessante é que o próprio economista André Lara Resende também aparece no rol de possíveis ministros. Ele foi mencionado por 6,5% dos analistas entrevistados pelo levantamento. Juntamente com o ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), Lara Resende tem auxiliado nas articulações do mercado com Lula.
O presidente da Fiesp, Josué Gomes, é outra liderança que a campanha do petista tem dado atenção nas conversas. Mas apesar do nome de Rui ser a aposta majoritária, cerca de 18,8% dos entrevistados pelo Barômetro preferiram não se posicionar sobre a questão por avaliarem que ainda é cedo.
Já sobre a terceira via, a maioria (33,1%) avalia que Simone Tebet (MDB-MS) é o nome que poderá ser consenso, caso os partidos desse bloco cheguem a entrar num acordo. O nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) não chega a ser citado no levantamento espontâneo, o que demonstra que a pré -candidatura do PDT não tem penetrado nas análises desse segmento.
“Quanto a um eventual nome único da terceira via, parece-me muito pouco provável que essa empreitada tenha sucesso. Porém, se alguém for indicado, as maiores chances são de Simone Tebet”, diz um dos entrevistados.
O Barômetro do Poder foi realizado entre os dias 24 a 26 de abril e contou com 14 respondentes, sendo 10 casas de análise de risco político e 4 analistas independentes.
São eles:
• Antonio Lavareda (Ipespe)*
• BMJ Consultores Associados
• Claudio Couto (FGV EAESP)*
• Control Risks
• Dharma Political Risk & Strategy
• Empower Consultoria
• Eurasia Group
• João Villaverde (FGV-SP)*
• Medley Global Advisors
• Patri Políticas Públicas
• Prospectiva Consultoria
• Pulso Público
• Tendências Consultoria Integrada
• Thomas Traumann*
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