A vereadora Duda Salabert (PDT-MG) enviou mensagem ao Cafezinho, com um comentário sobre denúncia de transfobia sofrida por Luana Rayalla, militante do PDT em São Gonçalo, num grupo de mobilização do partido.
A mensagem de Duda segue ao final do post.
A polêmica envolveu, sobretudo, dois membros do PDT:
- Luana Rayalla, mulher trans, negra, pessoa com deficiência, moradora de São Gonçalo, que fez uma postagem em suas redes sociais denunciando um caso de transfobia.
- Mariana Cardim, servidora na prefeitura de Niteroi.
Abaixo o link da postagem de Luana. Segundo fontes do blog, o caso agora está sob análise da comissão de ética do partido.
Ela também postou em seu twitter:
Abaixo, o comentário de Duda Salabert ao Cafezinho:
Duda Salabert:
“Nós não podemos tratar como pontual algo que é estrutural. Então, transfobia, racismo, machismo, xenofobia, não são problemas de um partido específico. São problemas que estão na sociedade, nos partidos em geral, e também nos movimentos sociais. O que essa postagem da Luana expôs é uma linha de pensamento que há em setores do chamado feminismo radical. E estes setores não reconhecem as travestis e transexuais como mulheres porque eles projetam sobre a sociedade um olhar biologizante e genitalizante, reduzindo os corpos a genitália. E nós do movimento trans reconhecemos que essa linha de pensamento é discriminatória e violenta. Então, cabe a nós do campo progressista superar esse tipo de visão e entender que nós, seres humanos, somos seres biopsicossociais. Daí, entender a experiência trans como um dado da nossa sociedade e que em momento algum estamos rivalizando com as mulheres cis, pelo contrário, a nossa luta fortalece a luta do feminismo em geral.
E as ativistas que estão ligadas e alinhadas a esse pensamento trans excludente que há em setores do feminismo radical, também estão em vários partidos do campo progressista. Um exemplo foi em 2017 ou 2016 quando a Daniela Andrade, uma grande ativista trans reconhecida nacionalmente, que foi perseguida pelo próprio PSOL por essas ativistas alinhadas a esse tipo de pensamento. Mas é importante ressaltar que essa linha de pensamento dentro do feminismo radical é minoria e também no feminismo. Esse é o momento de nós aprofundarmos o debate afim de superar esse tipo de pensamento discriminatório dentro do nosso campo”.