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França: Macron vai disputar 2° turno contra extremista Le Pen

DW – Emmanuel Macron e a extremista de direita Marine Le Pen vão se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais francesas. Segundo pesquisa boca de urna Ipsos, Macron recebeu 28,5% dos votos, e Le Pen, 23,6%. O independente de esquerda Jean-Luc Mélenchon ficou em terceiro lugar, com 20,3%%, após passar os últimos dias pregando […]

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DW – Emmanuel Macron e a extremista de direita Marine Le Pen vão se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais francesas. Segundo pesquisa boca de urna Ipsos, Macron recebeu 28,5% dos votos, e Le Pen, 23,6%.

O independente de esquerda Jean-Luc Mélenchon ficou em terceiro lugar, com 20,3%%, após passar os últimos dias pregando “voto útil” para barrar a presença Le Pen no segundo turno. Em quarto lugar ficou independente de extrema direita Éric Zemmour, com 7%, seguido de Valérie Pécresse, da direita tradicional, que conquistou 4,8% dos votos.. Cinco pulverizadas candidaturas de esquerda, entre ecologistas e anticapitalistas, receberam cerca de 13% dos votos.

A escolha dos franceses de levar Macron e Le Pen ao segundo turno repete o duelo do pleito de 2017, que havia marcado a ascensão meteórica de Macron para a Presidência francesa como o mais jovem ocupante do cargo na história. O duelo ainda coloca mais uma vez frente a frente duas visões opostas sobre o futuro da França, a identidade do país e seu espaço na União Europeia.

Para Macron, que busca um segundo mandato – algo que um presidente francês não consegue desde 2002 –, o duelo final será uma espécie de plebiscito sobre seus últimos cinco anos de governo e um teste para o centro político francês se apresentar mais uma vez como uma muralha viável contra a extrema direita.

Pró-europeu e reformista, Macron tem como vantagem apresentar bons números de crescimento econômico. Por outro lado, acumula críticas pela falta de medidas para conter a queda do poder aquisitivo dos franceses – tema que dominou a campanha e se aprofundou com os efeitos da guerra na Ucrânia, mas que remonta aos protestos dos “coletes amarelos” de 2018.

Para Marine Le Pen, o duelo do segundo turno deve ser o teste final da viabilidade de sua estratégia de “normalização”, iniciada antes mesmo do pleito de 2017, que deixou em segundo plano aspectos mais explícitos da sua agenda de extrema direita e focou mais em temas sociais – em alguns casos se apropriando de pautas de esquerda. Mas críticos observam que as mudanças são apenas cosméticas, e que o velho extremismo xenófobo e anti-UE de Le Pen e seu grupo permanece o mesmo.

Os resultados ainda indicam que a eventual conquista do apoio de eleitores de esquerda, dispersados em seis candidaturas de esquerda no primeiro turno, vai ser decisivo para ambos os candidatos no segundo turno.

Déjà vu

O pleito tem sido marcado por uma sensação de déjà vu. Foi a terceira vez que Le Pen e Mélenchon se apresentaram como candidatos. E também a terceira vez que um candidato de extrema direita passa para o segundo turno, disparando alertas em Bruxelas e reavivando o temor que a segunda maior economia do bloco possa ser comandada por uma extremista anti-UE.

Macron, que capturou a eleição de 2017, apresentando-se como um jovem independente com um discurso otimista pró-europeu, também já não pôde contar com a vantagem de se apresentar como uma novidade no sistema político.

E novamente partidos tradicionais de esquerda e direita, que por décadas dominaram a política francesa e se alternaram no poder, agonizaram nas urnas, assim como ocorreu em 2017, ficando mais uma vez de fora do segundo turno. Combinados, o Partido Socialista (PS) e Os Republicanos conquistaram menos de 7% dos votos neste domingo.

O pleito também voltou a ocorrer em meio a um cenário externo tumultuado. Em 2017, eram acontecimentos recentes como o “Brexit” e a eleição de Donald Trump nos EUA que forneciam apreensão adicional. Desta vez, o pano de fundo é formado pelos efeitos ainda persistentes da pandemia e a guerra de agressão russa na Ucrânia.

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EdsonLuíz.

11/04/2022 - 00h10

alexandre bolsonéris,

Vai aprender o que é democracia e o que é progressismo! Vai estudar um pouco de ciências políticas, já que você gosta. Mas pare com suas limitações, equívocos e, principalmente, com seu ódio, que é a prática dos ignorantes. Ninguém, nem eu e nem você, precisamos ser doutores em ciências políti as nem em nada, mas certas encruzilhadas, como o momento político mundial para a democracia e o progressismo e suas pruralidades inerentes, exigem mais preparo, mais lucidez e mais compromisso, sem nenhuma impostura.

Eu não quero ser prepotente, juro! Mas você passa muito do limite, BolsoNéris!

Você, alexandre, é uma espécie de carimbo do ódio que o lulismo sempre produziu e espalhou. Hoje nós reclamamos do ódio espalhado pelo bolsonarismo, mas se não formos conscientes da origem desse ódio na política brasileira pós reabertura política, não vamos conseguir superá-lo.

E, pior, se essa merda desse ódio político de quem se diz ‘de esquerda’ não for superado, isso sempre vai servir de combustível para a ultra-direita.

Vocês, lulistas, não são exatamente de ultra-esquerda, mas não por bons motivos. Vocês não são exatamente de ultra-esquerda apenas porque vocês, exatamente, não são NADA! Para alguém ser alguma coisa precisa primeiro ter referências, conhecer os conceitos, as categorias que definem. Para isso, precisa conhecer ideologia. Conhecer um pouco de ideologia é fundamental para pensar política, mas, ao contrário, Ideologismos só tornam a pessoa politicamente cega.

Ideologismo é coisa de gente doutrinada e sem autonomia para nada, inclusive para pensar. São desses equívocos e limitações que vem o fato de alguém não conseguir perceber entre quem é realmente progressista e quem está enganando quando se declara ou aponta erradamente como progressista quem não é.

As eleições atuais na França foram disputadas por uma única candidatura progressista de esquerda, Anne Hidalgo, prefeita reeleita de Paris, e também por dois outros candidatos que mesclam discurso extremista de esquerda e prática e decisões razoáveis de esquerda, o candidato de um partido comunista e, o outro, um ecologista.

Todos os candidatos de direita na frança alinham-se com o progressismo e imediatamente pediram votos para Macron, que é o representante do progressismo no segundo turno e é efetivamente progressista; o mesmo fizeram imediatamente o candidato comunista e o ecologista, a despeito de seus discursos extremistas.

Diferentemente, os candidatos de extrema-direita imediatamente pediram votos para Marine LePen e os candidatos extremistas de esquerda “liberaram” o voto. Ao “liberar” o voto, Jean Mélechon pediu que seus eleitores, “se possível”, não votem em Marine LePen. Ou seja : Mélechom pediu voto em branco!

Quando claramente se tem um progressista como Macron, que não apoia ditaduras, não tem arroubos autoritários, não apodrece a democracia com ódios ou corrupção, compreende o valor da liberdade e da imprensa livre no escrutíneo dessa sociedade livre e democrática, não se pode fazer curvas; tem que fazer o que fizeram os candidatos de direita e os de esquerda ou bem perto e fazer diferente do que fizeram os candidatos extremistas de direita ou extremistas de esquerda, que estão pedindo voto em Marine ou “liberando” o voto, como está fazendo o extremista e antiprogressista Jean Mélechon.

O mundo livre, o progressismo, está encurralado por populismos autoritários ou diretamente por autocratas na Europa, na África, na América Latina e na Ásia, alexandre bolsoNéris. Nós não estamos vivendo um tempo para brincarmos de guerra política, brincarmos de democracia e brincarmos de progressistas, quando não conhecermos ou não formos estas coisas. As eleições este ano na França e no Brasil não podem ter como resultado alimentar um imperialismo pró-ditaduras, alexandre BolsoNéris! Cresça! Se não for possível evitar um dos dois populismos apoiadores de autocracias no Brasil, pelo menos torçamos para isso não acontecer na França, que é um dos celeiros do progressismo no mundo.

Pare de brincar de política, BolsoNéris! E pare de ódio!

Não brinque de progressismo, pelo menos neste momento crucial para nós progressistas da direita à esquerda; não brinque de democracia, pelo menos nesta encruzilhada dos próximos dez anos políticos, em que as cartas do progressismo ou barbárie serão jogadas!

Edson Luiz Pianca.

Nico

10/04/2022 - 23h03

Putin é menos tóxico do que Macron e o EUA/OTAN/Atlanticismo neoliberal. Genocídio do Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Yemen, Somália e Sérvia etc foram feito por essa corja, não Putin ou Rússia.

EdsonLuíz.

10/04/2022 - 19h46

CORREÇÃO MUITO IMPORTANTE para a minha resposta abaixo :

“Da parte da ultra-direita, nenhuma surpresa : é o projeto autoritário dela. Já da parte da ultra-esquerda, só pode ser ignorância ou falta de cultura política. Eu não quero acreditar que seja coisa pior.”.

EdsonLuíz.

10/04/2022 - 19h31

Este post é uma boa resenha do quadro eleitoral da França para estas eleições.

Como correção eu observaria que a única candidatura apresentada pela esquerda política francesa foi a candidatura da prefeita reeleita de Pariz, Anne Hidalgo, do PS. O candidato Jean Mélechon foi candidato por um consórcio de políticos de esquerda com partidos de ultra-esquerda, os quais Mélechom representa.

Outra observação, não correção, é a de que deveria ser observado no post que a candidata de ultra-direita Marine LePem é a ponte avançada de Vladimir Putin na França. Marine e Putin são amigos e aliados, e Putin tem total interesse no fortalecimento de Marine LePem, por ela defender os dois maiores objetivos do projeto imperialista de Putin neste momento, quais sejam, o esvaziamento da OTAN como organismo de autodefesa para a proteção militar dos países democráticos, uma vez que Marine defende a não integração das estratégias militares e de defesa da França com a OTAN e ela também defende a retirada da França da União Europeia.

A eleição de Marine LePem para presidente da França significaria (ou significará) o colapso da cultura política progressista na Europa, com os setores autoritários e antidemocráticos se fortalecendo e se somando a Orbán, na Hungria, à Polônia e à Tchéquia — com a diferença da Polônia e da Tchéquia (antes Tchecoeslováquia, sob o julgo soviético, depois República Tcheca e atualmente Tchéquia) nesse projeto, ao menos por hora, por seus povos rejeitarem, ao menos por hora, serem liderados por uma autocracia Russa, devido à experiência dos poloneses e tchecos com a Rússia da época soviética, que é igual à experiência traumática da Ucrânia).

Uma articulação autoritária assim levaria automaticamente a um super fortalecimento dos autoritários na Itália, na Alemanha e, a partir desse movimento, se generalizaria por toda a Europa e por todo o mundo e, então : adeus progressismo!

A ultra-esquerda multiplica a estratégia de Vladimir Putin na Europa e aqui na América Latina. Já políticos de esquerda mesmo, como o Gabriel Boric, do Chile, ou mesmo populistas um pouco mais esclarecidos, como o presidente do México, não fortalecem essa ameaça ao progressismo.

É incrível! A ultra-esquerda aliada à ultra-direita em um projeto comum e extremamente perigoso para a já secular, mas ainda não conclusa, cultura progressista.

Para mim, mais que incrível essa arapuca ultra-esquerda/ultra-direita; para mim, INACREDITÁVEL.

Da parte da ultra-direita, nenhuma surpresa : é o projeto autoritário dela. Já da parte da ultra-direita, só pode ser ignorância, falta de cultura política. Eu não quero acreditar que seja coisa pior.

A ultra-esquerda, como todo extremismo, é autoritária, mas a sua origem e inspiração foi o grande Karl Marx e a cultura humanista, bem diferente do extremismo de direita, que esse, sim, sempre foi destruidor e antiprogressista.

Hoje tem um monte de gente que se diz ‘de esquerda’, se diz ‘progressista’, e vê-se claramente que eles não apreendem nenhum conceito do que é progressismo, do que é democracia e as essencialidsfes destas categorias, projeto e visão de mundo da cultura provressista, que começa por ser democrática e plural e por isso comporta pessoas e forças políticas da direita à esquerda, tendo até alguns progressistas de ultra-esquerda, como no caso de muitos trotskistas e de seguidores de Rosa Luxemburgo.

Reflitam, gente! Reflitam! Eu não quero ter raźão, mas gostaria muito de que houvesse uma reflexão séria do que se está a fazer com o mundo e com o progressismo!

Alexandre Neres

10/04/2022 - 18h04

O Pianca está feliz da vida, igual pinto no lixo.

O candidato progressista Mélenchon não foi ao segundo turno, tudo que ele mais temia.

Agora tá de boas, a França não corre mais riscos, já que a disputa se dará entre o neoliberal Macron e a extremista, racista e xenófoba Le Pen.

No Brasil, utiliza o mesmo raciocínio, fica o tempo todo atacando Lula, talvez para que a disputa se dê entre Bolsonaro e um bolsonarista arrependido qualquer. Assim, segundo o Pianca, o país estará livre da corrupção. A casa-grande sorri nas comissárias dos lábios, assim como o centro democrático (novo nome dado à finada terceira via), os patos e os marrecos amarelões. Aff!


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