Por Gilberto Maringoni
São muito esquisitas as cenas do suposto massacre russo em Bucha, nos arredores de Kiev. Parece algo montado para escandalizar o mundo.
Que exército invasor, cioso por limpar sua imagem internacional, deixaria vestígios tão evidentes de sadismo e barbárie? O que ganharia com tal cenário?
Por que os assassinatos seriam cometidos na retirada e não na entrada das tropas, quando resistências teriam de ser quebradas? Por que os corpos estão no meio das ruas, quase numa exposição para ser fotografada e filmada?
Isso para não falar da alegação russa de que suas tropas saíram da cidade dia 30, quarta. Os cadáveres apareceram apenas no domingo, vários ainda sem rigor mortis ou vestígios de decomposição. Não há sinais, nas imagens, dos mortos terem sido devorados por animais famintos, apesar de largados a céu aberto por quatro dias.
Um cenário desses, legado por um exército invasor, seria factível apenas se as forças de Moscou fossem comandadas por limítrofes, alienados ou imbecis. Até às milícias cariocas escondem cadáveres e limpam os rastros de seus crimes.
Agora, o mais estranho é a recusa dos EUA, Inglaterra e França em fazer uma investigação séria sobre a tragédia, no âmbito da ONU. O que vale é a imagem acrítica em todas as redes e emissoras. O que vale é o escândalo, mesmo que de duvidosa veracidade.