A decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de desistir da candidatura a presidência e consequentemente terminar o seu mandato como chefe do executivo paulista, não somente pode abrir uma crise sem precedentes entre aliados, mas também causar uma reviravolta no cenário eleitoral.
O vice-governador, Rodrigo Garcia, que migrou do DEM para o PSDB com a promessa de que iria ser o candidato a sucessão de Doria, poderá se filiar ao União Brasil. Vale ressaltar que Garcia deixou o DEM pela “porta da frente”, mantendo sua boa relação com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
Nas próximas horas, Garcia deve se reunir com Neto e o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar (PE), para ajustar os ponteiros. Também vai ser colocado na mesa a possibilidade de Garcia abrir palanque para Sérgio Moro e/ou Eduardo Leite (PSDB-RS) em São Paulo.
Vale lembrar que nesta semana, Leite renunciou ao cargo de governador do Rio Grande do Sul e anunciou sua permanência no ninho tucano. Ele não falou diretamente em pré-candidatura, mas sinalizou que seu nome estaria a disposição.
Na reunião de hoje, também devem participar o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), as duas principais lideranças pró-Leite dentro do PSDB. Já Sérgio Moro decidiu migrar para o União Brasil.
O movimento brusco e as vésperas do prazo final da janela partidária é avaliado como uma estratégia para Garcia prosseguir com sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, independente de Doria, já visto como “traidor” entre as lideranças locais e nacionais.
Nos últimos meses, o vice-governador conseguiu o apoio de prefeitos e lideranças do interior paulista, onde o voto conservador é mais forte. Outro detalhe relevante é que a desistência de Doria poderá causar uma evaporação da base aliada paulista e a migração para Garcia, em forma de apoio.
Além disso, o União Brasil poderá oferecer uma estrutura de campanha mais robusta a candidatura de Garcia, compensando a falta da caneta, já que Doria vai permanecer isolado no governo paulista até 31 de dezembro.
carlos
31/03/2022 - 14h02
O povo Paulista tem que ficar esperto , contra a invasão dos candidatos cariocas, em São Paulo não sei pq o TRE de São Paulo aceitou, o Flávio Bolsonaro, que deu um traço na justiça Paulista, morando no Rio e de repente arranja um endereço de residência em São Paulo. E o povo de São Paulo, não votarem em cariocas, como Mario frias, como Tarcísio de Freitas, Eduardo bolsonaro , …