Após uma reunião diplomática realizada nesta terça-feira, 29, com a mediação do presidente da Turquia, Recep Erdogan, em Istambul, a Rússia anunciou a redução drástica da operação militar nos arredores de Kiev, capital ucraniana.
Em nota, o Ministério da Defesa disse que a decisão do Kremlin em reduzir as atividades militares foi resultado das conversas que, segundo a pasta, “se movem para a dimensão prática”.
Já o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que as delegações dos dois países aprovaram uma reunião entrevista o presidente ucraniano, Volodimyr Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin, no mesmo dia da versão final de um tratado de paz, pré-aprovada pelos ministros das Relações Exteriores.
Outro ponto relevante é que durante a reunião de hoje, os representantes do governo ucraniano ofertaram a neutralidade militar e a não adesão da Ucrânia na OTAN. Porém, eles pedem como contrapartida o fim da operação militar e consequentemente a retirada das tropas russas.
A Ucrânia também sinalizou que pode discutir, em 15 anos, o status da Crimeia, região histórica russa anexada por Putin em 2014. Já sobre Donbass, não houve consenso entre as partes. Já o Kremlin alega que o cessar-fogo em Kiev vai “criar condições para negociações futuras e alcançar o objetivo de assinar um acordo de paz com a Ucrânia”.