Na próxima quarta-feira, 30, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), vai deixar o Palácio da Abolição após 7 anos e três meses a frente do executivo cearense. Ele vai entregar o cargo para sua vice, Izolda Cela (PDT), que deve assumir a gestão até o dia 31 e dezembro.
Diferentemente do que muitos pensam, Camilo deverá ser o coordenador da campanha do ex-presidente Lula (PT) no Ceará e um dos principais cabos eleitorais na região Nordeste. O petista será candidato ao Senado.
Vale lembrar que nas eleições de 2018, o governador teve que fazer um palanque duplo entre a candidatura de Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). Porém, isso não deve acontecer no pleito deste ano.
Nos últimos oito meses, o petista se dedicou na montagem do seu próprio grupo político e nesta empreitada contou com a liderança e articulação do deputado estadual, Acrisio Sena (PT-CE), que percorreu o interior cearense para reestruturar a base petista.
Outro ponto relevante é que além da reestruturação, Camilo e Acrisio venceram a disputa interna no PT sobre candidatura própria, defendida pelo grupo da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins.
Em vez de lançar uma postulação, o PT cearense deve apostar nas candidaturas a deputado estadual e federal. Tanto é que nesta segunda-feira, 28, o partido deve filiar três deputados estaduais que vão buscar reeleição de forma competitiva.
Os parlamentares que vão se integrar as fileiras da legenda são: Julinho (Ex-Cidadania), Augusta Brito (Ex-PCdoB) e Nizo Costa (PSB). Com isso, o partido passará a ter uma bancada local de sete deputados.
Já para a Câmara Federal, a perspectiva é de eleger quatro deputados. Uma das apostas do PT no Ceará e do próprio Camilo é o da atual secretária de Turismo, Janaína Farias. Ela vai deixar a pasta no próximo dia 2.