Cerca de dez prefeitos já confirmaram que Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, pastores aliados de Jair Bolsonaro e do ministro da Educação, Milton Ribeiro, agiam como atravessadores na liberação de recursos do Ministério da Educação.
Além disso, três prefeitos admitiram que receberam pedidos de suborno para que a verba fosse liberada. Esses gestores municipais foram convocados a prestar depoimento na Polícia Federal. A informação é do Estadão.
Um dos casos é o do prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), que revelou a PF que Arilton fez um pedido de suborno no valor de R$ 15 mil e um quilo de ouro. Esse pagamento ilícito seria para que os recursos solicitados pelo município administrado pelo tucano fossem liberados pelo ministério.
Já o prefeito de Bonfinópolis (GO), Professor Kelton Pinheiro (Cidadania), declarou que recebeu uma oferta de “desconto no valor da propina” 3 um pedido para a compra de bíblias. Outro caso relevante no caso é o do prefeito de Boa Esperança do Sul (SP), José Manoel de Souza (Progressistas), que confirmou que o pastor Arilton pediu uma transferência “de R$ 40 mil para ajudar a igreja”.
Vale lembrar que a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmén Lúcia, acatou um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e ordenou a abertura imediata de um investigação para apurar a participação de Milton Ribeiro no esquema que ficou conhecida como “bolsolão do MEC”.