Nesta quarta-feira, 23, a Consultoria Quaest divulgou mais uma pesquisa a nível regional, entre os eleitores da Bahia. O levantamento encomendado pela Genial Investimentos mostra o favoritismo das candidaturas de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia e de Lula (PT) ao Palácio do Planalto.
Na disputa estadual, praticamente não existe concorrente para Neto. O ex-prefeito de Salvador domina as intenções de voto com índice de 66% e 69%, respectivamente, nos dois cenários da pesquisa estimulada. O possível candidato governista, Jerônimo Rodrigues (PT), registra 4% no primeiro cenário e 6%, no segundo.

Diferentemente de alguns pré-candidatos que são poucos conhecidos no interior de seus estados, como nos casos de Alexandre Kalil (PSD) em MG e Marcelo Freixo (PSB) no RJ, Neto apresenta alto grau de conhecimento junto ao eleitorado do interior baiano.
Cerca de 33% dizem que conhece e votaria nele, outros 33% que conhece e poderia votar e 22% que conhece e não votaria. Já o petista Jerônimo Rodrigues é desconhecido por 82% dos eleitores da Bahia. Cerca de 5% dizem que conhece e poderia votar e apenas 2% que conhece e votaria.
Vale lembrar que o nome de Jerônimo foi colocado no xadrez eleitoral baiano após a desistência do senador Jaques Wagner (PT-BA) de concorrer a sucessão de Rui Costa (PT).
De lá para cá, o grupo governista sofreu importantes baixas como a do seu principal aliado, o Progressistas do vice-governador João Leão, que já firmou aliança com Neto. Também é provável que outro importante aliado, o PSD, fique “neutro” na disputa local.
Mas apesar do desmanche da base aliada, a pesquisa mostra que Wagner acertou em desistir. O levantamento mostra que 50% dos entrevistados disseram que o petista não deveria concorrer ao Palácio de Ondina.


O cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, aponta que apesar disso, Lula, Rui e Jaques ainda são os maiores padrinhos políticos no estado.
“Quase metade do eleitorado da Bahia mudaria seu voto se seu candidato fosse apoiado por Lula. No caso de Rui, o patamar é próximo dos 40%”, observa. Mas por outro lado, cerca de 66% disseram que o seu voto não mudaria caso o candidato fosse apoiado por Jair Bolsonaro e 69% pelo ex-governador Paulo Souto.

Outro ponto interessante é que mesmo com o apoio declarado do ex-presidente Lula, Jerônimo Rodrigues não venceria Neto numa disputa de 2° turno. Enquanto o ex-prefeito de Salvador venceria por 43%, o petista ficaria com 37%. Numa disputa sem apoio, Neto registra 66% e Jerônimo, 4%.

Por fim, Lula também domina as intenções de voto entre os eleitores baianos, pela disputa presidencial. No primeiro cenário, o líder progressista registra incríveis 62% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 15% e Ciro Gomes, com 5%.
No cenário dois, Lula registra 64% das menções e Bolsonaro oscila um ponto para cima, ficando com 16%. O mesmo acontece com Ciro Gomes que sai de 5% para 6%.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 16 e 19 de março por meio de 1.140 entrevistas domiciliares em 64 municípios da Bahia. A margem de erro é de 2.9 pontos e 95% de confiabilidade. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BA- 06141/2022.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!