Durante seu discurso no ato de filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), na sede da sigla em Brasília, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, rasgou elogios ao ex-presidente Lula (PT), seu parceiro de chapa nas eleições deste ano.
Nas palavras do ex-tucano, o líder progressista representa a esperança do povo brasileiro. “Temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele [Lula] é hoje o que melhor interpreta o sentimento de esperança do povo. Ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia”, disse.
Em outro momento, Alckmin lembrou das disputas eleitorais que travou contra Lula, mas que nunca chegaram a defender uma ruptura democrática, assim como faz Jair Bolsonaro (PL).
“Alguns podem estranhar. Eu disputei com o presidente Lula a eleição em 2006 e fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a questão democrática, nunca. O debate era de outro nível, nunca se questionou a democracia”, lembra.
Em outro momento, o ex-governador chegou a citar o histórico primeiro ministro britânico, Winston Churchill, para falar sobre sua parceria com Lula. “Churchill nos dizia que quando aprofundamos uma rixa, entre o presente e o passado, nos esquecemos do futuro (…) E é o futuro que nos une”.
Como é de praxe, Alckmin também fez críticas ao inquilino do Planalto, mas sem citar nominalmente o elemento que ocupa a presidência.
“É inacreditável ter, em pleno século 21, negacionismo em vacina, em vacina para criança, logo no país que tem um dos melhores protocolos de imunização do mundo”.
Alckmin também afirmou que ficou quieto nos últimos meses em que estava negociando sua filiação ao PSB. Mas a partir de agora, vai liderar o processo de convencimento do seu eleitorado.
“Fiquei esse tempo todo sem falar, aguardando o momento adequado. Agora é que vamos começar a viajar, conversar, explicar, convencer de maneira respeitosa, mas mostrando a realidade que estamos vivendo e os riscos que o povo brasileiro está correndo”.