Neste domingo, 21, a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) se pronunciou a respeito do Partido dos Trabalhadores (PT) ter anunciado que a parlamentar seria a candidata da sigla ao Senado Federal pela Frente Popular.
“A posição do PT de Pernambuco, indicando o meu nome para concorrer ao Senado pela Frente Popular revela, no mínimo, descuido com o tratamento de assunto tão sério e uma precipitação sem limites. Não fui consultada e não autorizei que envolvessem o meu nome em qualquer negociação, menos ainda que tornassem público, como se fossem os senhores do meu destino, sobretudo após meses de desgaste político e público feito por meio da imprensa, escondido sob manto do off e notícias de bastidores”, disse.
A dura crítica de Marília a Executiva do PT pernambucano sinaliza, com mais nitidez, que ela poderá mesmo deixar o partido para se lançar candidata por outra legenda. Uma das possibilidades é que ela se filie ao Solidariedade.
Em outro momento, a deputada citou o episódio em que a Executiva Nacional do PT decidiu abrir mão de sua candidatura ao governo de Pernambuco para apoiar a reeleição de Paulo Câmara (PSB).
“Em 2018, o acordo de cúpula PT/PSB, impediu a minha candidatura ao governo do estado, quando liderávamos todas as pesquisas de opinião. Em 2020, nas eleições para a prefeitura do Recife, a cúpula do PT fez de tudo para inviabilizar politicamente a minha campanha, o que ajudou a dar a vitória ao adversário”.
“E agora, indelicadamente, usam o meu nome, como massa de manobra. Tudo isso não é compatível com o bom senso que deve nos nortear na política. Estou conversando com as lideranças políticas de Pernambuco e, como publiquei em nota, na sexta-feira passada, anunciarei, nos próximos dias, ouvindo o povo, principalmente, o meu caminho nas próximas eleições. Expresso todo o meu apoio, incondicional, à campanha do presidente Lula para a presidência da República, com a lealdade e a correção das minhas tradições”, finaliza.
Vale lembrar que Marília se reúne nesta segunda-feira, 21, com o ex-presidente Lula, em São Paulo, para bater o martelo sobre seu destino político e eleitoral.