Nesta quarta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados a respeito da produção industrial brasileira no mês de janeiro e mostra uma queda abrupta caiu 2,4% ante dezembro de 2021, na série com ajuste sazonal.
Esse resultado negativo coloca a indústria num nível de 3,5% abaixo do patamar registrado antes do início da pandemia, em fevereiro de 2020 e 19,8% abaixo do nível recorde detectado em maio de 2011. Já no comparativo com o janeiro de 2021, o tombo foi de 7,2%.
O gerente de pesquisa do IBGE, André Macedo, ressalta que a “indústria vem sendo afetada pela desarticulação das cadeias produtivas por conta da pandemia, tendo no encarecimento dos custos de produção e na dificuldade para obtenção de insumos e matéria-prima para a produção do bem final, características importantes desse processo. Além disso, os juros e a inflação em elevação, juntamente com um número ainda elevado de trabalhadores fora do mercado de trabalho, ajudam a explicar o comportamento negativo da indústria”.
Ainda segundo o instituto, entre as atividades que registraram maiores quedas na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022 são a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%), após acumularem expansão de 18,2% e de 6,0% nos dois últimos meses de 2021, respectivamente.
“O segmento de veículos automotores é um exemplo importante de desarticulação da cadeia produtiva, já que tem dificuldades na obtenção de insumos importantes para a produção do bem final. Já o setor extrativo, em janeiro de 2022, teve a extração do minério de ferro bastante afetada pelas chuvas em Minas Gerais”, observa Macedo.