Neste sábado, 26, a InfoMoney divulgou a nova rodada do Barômetro do Poder, levantamento que compila mensalmente as avaliações e expectativas de consultorias de análise de risco político e de analistas independentes sobre temas relevantes no Brasil.
Em um dos pontos levantados, a pesquisa mostra a avaliação dos agentes sobre as chances do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechar parceria com o Partido dos Trabalhadores (PT) para ser vice na chapa presidencial de Lula.
De acordo com o levantamento, cerca de 46% dos analistas avaliam que a probabilidade é “alta” e outros 46% declaram que a possibilidade é “muito alta”. Ou seja, 92% dos que participaram da pesquisa já estão considerando a chapa Lula-Alckmin como certa.
Outro ponto relevante abordado pelo barômetro foi a respeito das federações partidárias.
A pesquisa questionou sobre a possibilidade de alguns partidos estarem juntos pelos próximos quatro anos. Sem dúvida, o que chama atenção é a baixíssima credibilidade em relação a possível federação entre MDB, PSDB e União Brasil.
Já pelo lado da centro-esquerda (PT, PSB, PCdoB e PV) a maioria dos analistas participantes consideram que a federação entre esses partidos pode acontecer.
Porém, ainda existe a estimativa de que o PSB acabe ficando de fora. “A federação do PT deve incluir apenas PCdoB e PV. PSB deve ficar de fora”, aponta o relatório.
Por outro lado, a probabilidade de PSOL e Rede Sustentabilidade montarem o próprio bloco de aliança também se mostra bastante elevada.
Sobre a disputa pelo Planalto, existe a avaliação de que até o início da campanha presidencial de fato, a atual conjuntura em que Lula e Bolsonaro são os principais cotados para disputar o segundo turno, pouco deve mudar, dificultando ainda mais o caminho da terceira via.
Além disso, os analistas estimam que o inquilino do Planalto ainda tem chances de melhorar sua avaliação ao longo da consolidação do Auxílio Brasil entre as camadas mais pobres da população.
Já sobre Lula, a visão é que o líder progressista chegou a um teto de intenções de votos, por conta do “tamanho de sua atual rejeição nas pesquisas”.
Ainda na leitura destes agentes, o ex-presidente vai continuar avançando em alianças no Centro, personificado pelo próprio Alckmin e com o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Todo esse esforço será para que Lula seja o nome para liderar o bloco anti-Bolsonaro.
O Barômetro do Poder foi realizado entre os dias 21 e 23 de fevereiro e contou com 13 participantes, sendo 10 casas de análise de risco político e 3 analistas independentes.
São eles: BMJ Consultores Associados, Carlos Melo (Insper), Cláudio Couto (FGV-EAESP), Control Risks, Empower Consultoria, Eurasia Group, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, Ponteio Política, Prospectiva Consultoria, Pulso Público, Thomas Traumann (Traumann) e Consultoria XP Política.