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OTAN tenta atrair Suécia e Finlândia; Rússia reage

TASS – Moscou vê tentativas dos Estados Unidos de atrair a Finlândia e a Suécia para a Otan, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta sexta-feira, 25. “Vemos o rumo tomado pela liderança da Finlândia de continuar a política de não alinhamento militar como um fator importante para garantir […]

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Imagem: Divulgação/Kremlin

TASS – Moscou vê tentativas dos Estados Unidos de atrair a Finlândia e a Suécia para a Otan, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta sexta-feira, 25.

“Vemos o rumo tomado pela liderança da Finlândia de continuar a política de não alinhamento militar como um fator importante para garantir a segurança no norte da Europa, no continente europeu em geral, mas ao mesmo tempo não podemos deixar de notar tentativas persistentes da Otan e de alguns Estados membros da aliança, sobretudo, dos Estados Unidos, para atrair a Finlândia, assim como a Suécia, para a aliança”, disse ela.

Ela acrescentou que tem sido observado há algum tempo que a “interação prática” de Helsinque e Estocolmo com a Otan está crescendo, lembrando que nos dois países “também foram realizados exercícios da Otan, esses países forneceram o território para tais manobras desse bloco militar, isso foi realizado perto das fronteiras russas, incluindo a imitação de ataques de forças americanas com o uso de armas nucleares”, disse a diplomata.

“A adesão da Finlândia a Otan teria sérias repercussões militares e políticas”, afirmou um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores russo.

‘Comparações entre Iugoslávia e Ucrânia são falsas’

As tentativas de comparar os bombardeios da Otan na Iugoslávia e a operação militar da Rússia na Ucrânia são falaciosas, disse Zakharova. “Tais comparações e paralelos são parte de uma falsidade. Sabemos bem que o Ocidente gosta de falsificações”, disse Zakharova.

O presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro declarou uma operação militar especial na Ucrânia em resposta ao pedido de assistência das repúblicas do Donbass. Ele enfatizou que a ocupação de territórios ucranianos não estava nos planos de Moscou. Ele enfatizou que o objetivo real era a “desmilitarização” e a “desnazificação”. O Ministério da Defesa russo disse que suas forças não estavam realizando nenhum ataque contra as cidades, mas apenas colocando instalações militares fora de ordem, para que a população civil não estivesse em risco.

Em 24 de março de 1999, a Otan iniciou uma operação militar contra a Iugoslávia. De acordo com o site da Otan, durante a operação de 78 dias, os aviões da aliança realizaram 38.000 missões, incluindo 10.000 bombardeios. De acordo com especialistas militares, 3.000 mísseis de cruzeiro foram disparados e cerca de 80.000 bombas foram lançadas. Segundo fontes sérvias, cerca de 3.500 a 4.000 pessoas foram mortas e cerca de 10.000 (dois terços delas civis) ficaram feridas.

Diálogo com Kiev

Zakharova ainda disse que as autoridades de Kiev devem parar de se contradizer se realmente quiserem conversar. “A Rússia disse que está pronta para enviar uma delegação para as negociações em Minsk. Nós afirmamos isso. Estamos prontos para isso. O secretário de imprensa presidencial russo [Dmitry Peskov] disse. Esse trabalho pode começar a qualquer momento.A única questão é garantir que o lado influenciado pelo Ocidente não comece a mentir novamente, e que esses representantes do regime de Kiev não comecem a refutar uns aos outros agora”, disse.

Mais cedo nesta sexta-feira, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, postou um vídeo em seu canal Telegram convidando o presidente russo, Vladimir Putin, a se sentar à mesa de negociações. De acordo com o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, o líder russo está pronto para enviar uma delegação a Minsk para conversas com a Ucrânia. 

No entanto, em seguida, Peskov denunciou que as autoridades ucranianas sumiram e estimularam grupos nazistas para enfrentar os russos. De acordo com ele, as tentativas de negociações entre os governos da Rússia e da Ucrânia foram interrompidas quando “elementos nacionalistas” começaram a implantar vários sistemas de lançadores de foguetes em áreas residenciais das principais cidades ucranianas.

Sanções contra Putin e Lavrov

Após o Reino Unido, os Estados Unidos também decidiram impor sanções contra o presidente russo Vladimir Putin e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. A Casa Branca anunciou o congelamento dos investimentos dos políticos russos no país. Os EUA  também restringiram viagens à Rússia.

Além dos dois países, a União Europeia incluiu na lista de sanções as duas autoridades russas, segundo a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

“Incluímos [na lista de sanções] não apenas os oligarcas e legisladores que prepararam essas medidas”, disse ela. “Incluiremos [lá] o presidente Putin e o ministro das Relações Exteriores Lavrov também”, acrescentou Baerbock.

A UE está discutindo um novo pacote de sanções contra a Rússia, disse o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire.

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Comentários

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EdsonLuíz.

26/02/2022 - 13h43

Vocês autoritários são horrorosos!

Saiam da Ucrânia, Ratos autoritários!
Fora Putim (o “progressista” Putin)!

carlos

26/02/2022 - 08h09

Eu entendo que pode haver sim uma guerra mundial, haja visto a investida da China invadindo o espaço aéreo de Taiwan, e a invasão constante de israel na palestina, tudo por interesses escusus.

Paulo

25/02/2022 - 22h00

A Ucrânia era um ex-Estado socialista da antiga URSS (não que tivesse escolha). Agora, estender esses desígnios a Suécia e a Finlândia é puro delírio de Putin, e a promessa de uma guerra mundial…


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