Na noite desta quinta-feira, 24, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), se reuniu com o senador Otto Alencar (PSD) e algumas lideranças da base aliada para definir os ponteiros sobre a disputa pela sucessão. O encontro aconteceu no Palácio de Ondina, sede do governo baiano.
Como se sabe, o senador Jaques Wagner (PT-BA) comunicou a Executiva Nacional do PT e ao próprio Lula que vai continuar no seu mandato de senador até 2026, abrindo mão da sua pré-candidatura.
Já na reunião de ontem, Rui e Otto acordaram que o petista será candidato ao Senado e o principal fiador da candidatura pessedista ao executivo baiano. Antes de se reunir com o governador, Otto teve uma conversa com a bancada federal do PSD da Bahia.
No entanto, é bom frisar que devido a decisão tomada de última hora, será necessário que Otto dialogue com boa parte da base governista para comunicar sobre sua candidatura. Ele deve aproveitar o feriadão de Carnaval para conversar com as lideranças.
A avaliação é que se a candidatura de Otto for bem recebida pelas forças políticas locais (incluindo os partidos de esquerda como o PSB, PCdoB e o próprio PT baiano) e se mantiverem unidos, existirá a possibilidade do ex-presidente Lula (PT) participar do lançamento da chapa, no início de março. Até o presente momento, o nome cotado para ser o vice é o atual deputado federal Ronaldo Carletto (PP).
Alexandre Neres
26/02/2022 - 15h15
Concordo, em parte, com o amigo Tiago Silva. Discordo no tocante a Pernambuco. O PT tem que ceder em Pernambuco, onde os caras são fortes, senão não vai ceder em lugar algum, tornando difícil fazer qualquer composição com o PSB. Isso colaria na testa do partido a pecha de hegemônico.
Por sua vez, acho que o PT vai entregar de mão beijada para o Malvadezinha um dos seus redutos mais importantes, se não o mais, qual seja, a boa terra.
Acho que pode acontecer o mesmo que ocorreu em BH. O PT dominava a capital mineira com as boas gestões de Patrus, Pimentel e Célio de Castro. Eis que o péssimo governador Pimentel, que não moveu uma palha para defender sua amiga Dilma, fez um acordo com o PSDB de Aecin para eleger o horroroso Márcio Lacerda (PSB). Resultado: nunca mais o PT foi competitivo em BH, colecionando votações pífias.
Com todo o respeito ao amigo Gabriel Barbosa, Rui Costa e Camilo Santana são bons gestores, competentes, sérios, mas politicamente são fracos. São neoliberais de esquerda. Sob a liderança de um deles o PT sucumbiria, se tornaria um partido igual aos outros.
Espero que tal decisão de Jaques Wagner traga algum bom fruto em âmbito nacional, porque regionalmente é um fiasco.
Belchior Medeiros
26/02/2022 - 01h13
O PT desistiu porque sabe que a eleição está ganha por ACM Neto.
Tiago Silva
25/02/2022 - 22h00
Mesmo com todo esforço e popularidade de Lula… a tendência é o PT perder os Governos da Bahia e Pernambuco em busca de “governabilidade” no CN que não terá sem ter muitos governadores e parlamentares de sua legenda. Parece que querem reeditar o mesmo script do Golpe servindo de “escada eleitoral” para quem depois vai chutar a escada (sem ninguém/governador para segurar essa escada).
É muita limitação cognitiva de Lula e da cúpula do PT que parece que só conhecem um caminho político (que sempre tende ao desastre… e depois ficar torcendo para que algum desqualificado como o Bozo reabilite o PT eleitoralmente, o que não é o que aconteceria na Bahia e nem em Pernambuco em que as raposas políticas são mais sagazes que os trapalhões bozistas ou tucanato do PSDB/PSD/Podemos/União Brasil paulista).