Na noite desta quarta-feira, 23, o presidente da Rússia, Vladmir Putin, determinou uma “operação militar especial” na região separatista de Donbass, justamente onde ficam Donetsk e Lugansk. Na prática, Putin declarou guerra a Ucrânia.
“As circunstâncias nos obrigam a tomar medidas decisivas e imediatas. As repúblicas populares de Donbass pediram ajuda à Rússia. A este respeito, de acordo com o artigo 51, parte sete da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas], com a sanção do Conselho da Federação e em cumprimento de tratados de amizade e assistência mútua com a RPD e a RPL, ratificados pela Assembleia Federal, decidi realizar uma operação militar especial”, declarou Putin.
O presidente russo também acusou a Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos EUA, de apoiar grupos “nazistas e neonazistas” na Ucrânia.
“Os países líderes da OTAN perseguem seus próprios objetivos apoiando totalmente os nazistas e neonazistas extremistas da Ucrânia, que, por sua vez, nunca perdoarão as pessoas da Crimeia e de Sebastopol por sua livre escolha de se reunificarem à Rússia”.
Putin ainda pediu que os militares do seu país deponham as armas antes de iniciar as operações.
Na madrugada, bombas teriam atingido diversas regiões da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, onde as estradas estão congestionadas por pessoas que deixam a cidade após a emissão do alerta de bombardeio.