A pesquisa Exame/Ideia divulgada hoje, que entrevistou 1.500 pessoas, por telefone, entre os dias 18 e 22 de fevereiro, e custou R$ 27 mil, mostra o crescimento contínuo de Lula desde o ano passado, tanto na espontânea quanto na estimulada.
Na espontânea, que muitos analistas consideram mais confiável que a estimulada, por apontar um eleitor mais decidido, Lula mantém um ritmo vigoroso de crescimento: tinha 28% em dezembro, saltou para 34% em janeiro e agora tem 36%.
Bolsonaro, por sua vez, também apresentou crescimento na espontânea, de 20% para 22%. A propósito, essa é mais uma pesquisa que se contrapõe à Modalmais/Futura divulgada ontem, que dava 33,3% para Bolsonaro na espontânea, um número 12 pontos acima da média de seis grandes pesquisas realizadas nos últimos 3 meses. Sobre isso, leia esse post.
Sergio Moro pontuou 5% na espontânea, 1 acima de sua marca em janeiro. Ciro Gomes, por sua vez, oscilou 1 ponto para baixo, e agora tem 3% na espontânea.
Na estimulada, também se registra o crescimento contínuo do ex-presidente Lula. Ele tinha 37% em dezembro, subiu para 41% em janeiro e agora tem 42%.
Bolsonaro, por sua vez, voltou para os 27% que tinha em dezembro, depois de ter caído para 24% em janeiro.
Moro recuou 1 ponto e também voltou ao que tinha em dezembro: 10%.
Ciro oscilou 1 ponto para cima, atingindo 8%, percentual todavia distante do que apresentava em alguns cenários até meados do ano passado, quando manteve dois dígitos por alguns meses.
Em votos válidos, Lula chegou a 46% na pesquisa Exame/Ideia, faltando portanto 4 pontos para uma eventual vitória no primeiro turno.
Nas simulações de segundo turno, Lula ganha de Bolsonaro por 49% X 35%, o que corresponderia a 14 pontos de vantagem.
O petista também venceria Sergio Moro, por 49% X 33%, ou 16 pontos de vantagem.
O adversário mais fácil de Lula, segundo a pesquisa, seria Ciro Gomes, com o petista vencendo por 47% X 27%, 20 pontos de diferença.
Ciro Gomes venceria Bolsonaro com margem apertada, por 39% X 36%, 3 pontos de diferença, muito perto de um empate técnico.
Conclusão
A pesquisa Exame/Ideia confirma a liderança de Lula, a resiliência de Bolsonaro, a cristalização da polarização e as dificuldades da terceira via. Do ponto-de-vista da oposição, a sondagem reforça a importância da unidade em torno do ex-presidente Lula, único nome com força popular suficiente para enfrentar uma extrema-direita altamente mobilizada, cujo líder máximo, o presidente Jair Bolsonaro, comanda a máquina do governo federal.