Após as lideranças de PT e PDT decidirem continuar com a aliança no Ceará, o governador Camilo Santana (PT) se prepara para deixar o governo do estado, em abril, para disputar uma vaga no Senado.
Com a saída do petista, a vice-governadora Izolda Cela (PDT) assume o Palácio da Abolição e sem risco de ruptura com a aliança local, articulada pelo próprio Camilo, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) e pelo senador Cid Gomes (PDT-CE).
Por outro lado, a decisão do governador em disputar uma vaga para a Casa Alta também impacta no que diz respeito a vaga de sua suplência.
Para quem se atenta ao jogo político, sabe que a vaga de primeiro suplente é crucial para sacramentar uma importante aliança política.
Afinal de contas, é o suplente quem assume a vaga caso o titular necessite se licenciar por algum motivo, seja pessoal ou para assumir algum ministério no Governo Federal.
No caso do petista, sua primeira suplência poderá ser ocupada por um nome indicado pelo ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
Fora da política desde 2019, quando não conseguiu ser reeleito, o emedebista tem intensificado suas viagens pelo interior cearense para fortalecer o MDB e preparar sua volta ao jogo eleitoral.
É provável que o ex-senador, desta vez, dispute uma cadeira para a Câmara dos Deputados, mas o martelo só será batido em abril.
Vale lembrar que Eunício Oliveira, enquanto presidia o Congresso Nacional no governo de Michel Temer, destravou recursos federais para o Ceará e auxiliou Camilo Santana na conclusão de obras e projetos.
De lá para cá, mesmo não ocupando cargo eletivo, o emedebista se manteve próximo do governador e não esconde de ninguém que vai apoiar a candidatura do ex-presidente Lula (PT) logo no 1° turno.
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