O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou “indícios robustos” de fraude em licitações por parte de uma das empresas que forneceu ao Exército Brasileiro um dos compostos químicos para a fabricação de cloroquina, o sal difosfato.
Segundo o documento obtido pela Folha, as irregularidades podem ter ocorrido em 26 licitações realizadas entre 2018 e 2021. Vale lembrar que já foram 24 pregões realizados no Governo Bolsonaro. No que diz respeito a cloroquina, a produção aumentou 100 vezes na atual gestão federal.
Ainda de acordo com o documento, a empresa Sulminas Suplementos e Nutrição, que foi contratada pelo Exército para o fornecimento do composto químico, participou de licitações exclusivas para pequenas empresas. Os auditores ainda apontam que o grupo empresarial do interior de Minas Gerais não se enquadra nessa condição.
“Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o tribunal declarará a inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na administração pública federal”, alerta o documento.
Com isso, a área técnica do TCU solicitou abertura de um outro processo para investigar as suspeitas de fraude e para ouvir a Sulminas. A decisão vai ser tomada pelo relator, o ministro Benjamin Zymler.