O ex-ministro e pré-candidato Ciro Gomes (PDT) disse em entrevista a Rádio CBN de Recife que vai abrir mão da reeleição caso seja eleito para a presidente da República. Sua justificativa é que a decisão uma forma de evitar jogo de interesses.
“Se a gente repetir o mesmo modelo de organização da economia e o mesmo jeito de fazer política, a crise brasileira vai nos levar para o fundo do poço”, alega.
“Eu vou fazer, porque ninguém confessa e os políticos não falam, mas hoje em dia quando elegem um cidadão, aqueles que querem o lugar do cidadão de presidente, ou na situação ou na oposição, trabalham diuturnamente para ele não acertar a mão. Porque se ele acertar a mão, ele vai ser reeleito. Então eu vou abrir mão da minha própria reeleição em troca da reforma para o país”, completou.
Ele também disse que nos primeiros 6 meses do seu possível governo seria de negociação com o Congresso e com os governadores para uma “reforma geral” da economia e política.
“Eu vou negociar com os políticos que o povo eleger. Porém, eu não vou negociar dentro de gabinete trancado em Brasília, que é onde o toma lá, dá cá e a roubalheira imperam”.
Por fim, Ciro aposta que o ex-juiz Sérgio Moro, seu concorrente direto pelo terceiro lugar, não será candidato ao Planalto.
“Eu já suportei o fenômeno Luciano Huck, já suportei o fenômeno Mandetta, já suportei recentemente o fenômeno, como é, esse juiz, como chama…”.
“Aquilo [Moro] nem candidato vai ser. São meteoros que a grande burguesia está tentando criar para tentar fazer um novo Collor, um novo Bolsonaro, que é a grande tragédia brasileira”.
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