Quaest: Lula se aproxima de 70% entre mais pobres

Segundo a nova pesquisa Quaest divulgada na manhã desta quarta-feira, 9 de fevereiro, o ex-presidente Lula tem um desempenho impressionante entre eleitores de baixa renda.

A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.

A Quaest dividiu o eleitorado em três grupos de renda: até 2 salários, de 2 a 5 salários e mais de 5 salários.  O primeiro grupo, de eleitores de baixa renda (até 2 salários), corresponde a 36% do eleitorado. 

É nessa faixa de renda que Lula apresenta sua melhor pontuação. Segundo a Quaest, Lula tem 55% dos votos totais junto aos eleitores com renda até 2 salários, quase 40 pontos à frente do segundo colocado, Jair Bolsonaro, que tem apenas 16%. 

Ciro Gomes e Moro pontuam apenas 5% junto a esses eleitores mais pobres. 

Convertendo para votos válidos, o ex-presidente Lula tem 64% dos votos entre eleitores de baixa renda!  A mesma pesquisa mostra que o eleitor de Lula é o mais consolidado: segundo a Quaest, 74% dos eleitores de Lula respoderam que “a escolha de seu voto é definitiva”. Apenas Bolsonaro mostra um nível de voto consolidado parecido: 65% dos eleitores de Bolsonaro disseram que sua escolha é definitiva. 

Já Ciro Gomes e Sergio Moro, mesmo com a pontuação baixa, tem um eleitorado bem menos consolidado. Apenas 38% dos eleitores de Ciro, e 30% dos eleitores de Moro, disseram que seu voto é definitivo. Isso significa que Ciro ainda pode perder eleitores para Lula, e Sergio Moro, para Bolsonaro.   

Outro gráfico da Quaest bastante favorável a Lula é o que traz o nível de conhecimento e rejeição de cada candidato. Dentre os candidatos mais competitivos, Lula é o que tem menor rejeição: 43% dos entrevistados responderam que “conhece e não votaria” no petista.

A rejeição a Bolsonaro, por sua vez, é de 66%.

Moro é o segundo candidato mais rejeitado, com 62%.

Doria e Ciro vem em seguida no ranking de rejeição, com 61% e 54%, respectivamente. 

 

Conclusão

A se confirmar o cenário mostrado nessa pesquisa, trata-se de uma situação que conspira para uma vitória de Lula no primeiro turno, pelos seguintes motivos:

  • Bolsonaro tem um eleitorado consolidado: 65% de seus eleitores disseram que seu voto é definitivo. Ao mesmo tempo, ele tem um percentual de votos suficiente para não lhe fazer desistir do pleito. Muito difícil um candidato que tem lugar garantido no segundo turno, como é o caso de Bolsonaro, decida não disputar por medo de uma derrota. 
  • Ao mesmo tempo, a rejeição a Bolsonaro é impressionante: 66%. 
  • O terceiro colocado, Ciro Gomes, tem um eleitorado com grau baixo de decisão: 62% dos eleitores de Ciro disseram que podem mudar o voto, caso “algo aconteça”. Ora, esse “algo” será justamente a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno!
  • Moro não tira votos de Lula, mas apenas de Bolsonaro, de maneira que, mesmo que Moro cresça, não afetará o desempenho do petista, em votos válidos.  
  • Bolsonaro é o presidente da república, e o perigo que ele representa, com o poder de que dispõe, deverá aparecer cada vez maior na medida em que a sua campanha se desenvolver. O “medo” de uma possível de reeleição de Bolsonaro vai crescer, e este será um estímulo para que os eleitores anti-Bolsonaro façam “voto útil” em Lula. 

Segundo a nova pesquisa Quaest divulgada na manhã desta quarta-feira, 9 de fevereiro, o ex-presidente Lula tem um desempenho impressionante entre eleitores de baixa renda.

A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.

A Quaest dividiu o eleitorado em três grupos de renda: até 2 salários, de 2 a 5 salários e mais de 5 salários.  O primeiro grupo, de eleitores de baixa renda (até 2 salários), corresponde a 36% do eleitorado. 

É nessa faixa de renda que Lula apresenta sua melhor pontuação. Segundo a Quaest, Lula tem 55% dos votos totais junto aos eleitores com renda até 2 salários, quase 40 pontos à frente do segundo colocado, Jair Bolsonaro, que tem apenas 16%. 

Ciro Gomes e Moro tem apenas 5% junto a esses eleitores mais pobres. 

Convertendo para votos válidos, o ex-presidente Lula tem 64% dos votos entre eleitores de baixa renda!  A mesma pesquisa mostra que o eleitor de Lula é o mais consolidado: segundo a Quaest, 74% dos eleitores de Lula respoderam que “a escolha de seu voto é definitiva”. Apenas Bolsonaro mostra um nível de voto consolidado parecido: 65% dos eleitores de Bolsonaro disseram que sua escolha é definitiva. 

Já Ciro Gomes e Sergio Moro, mesmo com a pontuação baixa, tem um eleitorado bem menos consolidado. Apenas 38% dos eleitores de Ciro, e 30% dos eleitores de Moro, disseram que seu voto é definitivo. Isso significa que Ciro ainda pode perder eleitores para Lula, e Sergio Moro, para Bolsonaro.   

Outro gráfico da Quaest que é bastante favorável a Lula é o que traz o nível de conhecimento e rejeição de cada candidato. Dentre os candidatos mais competitivos, Lula é o que tem menor rejeição: 43% dos entrevistados responderam que “conhece e não votaria” no petista.

A rejeição a Bolsonaro, por sua vez, é de 66%.

Moro é o segundo candidato mais rejeitado, com 62%.

Doria e Ciro vem em seguida no ranking de rejeição, com 61% e 54%, respectivamente. 

 

Conclusão

A se confirmar o cenário mostrado nessa pesquisa, trata-se de uma situação que conspira para uma vitória de Lula no primeiro turno, pelos seguintes motivos:

  • Bolsonaro tem um eleitorado consolidado: 65% de seus eleitores disseram que seu voto é definitivo. Ao mesmo tempo, ele tem um percentual de votos suficiente para não lhe fazer desistir do pleito. Muito difícil um candidato que tem lugar garantido no segundo turno, como é o caso de Bolsonaro, decida não disputar por medo de uma derrota. 
  • Ao mesmo tempo, a rejeição a Bolsonaro é impressionante: 66%. 
  • O terceiro colocado, Ciro Gomes, tem um eleitorado com grau baixo de decisão: 62% dos eleitores de Ciro disseram que podem mudar o voto, caso “algo aconteça”. Ora, esse “algo” será justamente a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno!
  • Moro não tira votos de Lula, mas apenas de Bolsonaro, de maneira que, mesmo que Moro cresça, não afetará o desempenho do petista, em votos válidos.  
  • Bolsonaro é o presidente da república, e o perigo que ele representa, com o poder de que dispõe, deverá aparecer cada vez maior na medida em que a sua campanha se desenvolver. O “medo” de uma possível de reeleição de Bolsonaro vai crescer, e este será um estímulo para que os eleitores anti-Bolsonaro façam “voto útil” em Lula. 
Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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