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Ataques ao 247 mancham credenciais democráticas de Ciro

Após o seu pronunciamento na Sede Nacional do PDT, durante o evento que confirmou a sua candidatura, Ciro Gomes participou de uma breve coletiva de imprensa. O jornalista Luis Costa Pinto, vulgo “Lula”, representando o site Brasil 247, foi o segundo a perguntar. Fez uma pergunta pertinente, muito parecida com as que inúmeros profissionais de […]

40 comentários
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Na imagem, vemos Ciro à esquerda, e o jornalista Luis Costa Pinto, à direita, de braços cruzados.

Após o seu pronunciamento na Sede Nacional do PDT, durante o evento que confirmou a sua candidatura, Ciro Gomes participou de uma breve coletiva de imprensa.

O jornalista Luis Costa Pinto, vulgo “Lula”, representando o site Brasil 247, foi o segundo a perguntar.

Fez uma pergunta pertinente, muito parecida com as que inúmeros profissionais de imprensa tem feito a Ciro desde a eleição de Bolsonaro. A mesma pergunta, provavelmente, será feita por outros jornalistas ao longo da campanha presidencial deste ano.

Lula, o jornalista, perguntou se a tal “rebeldia” presente no lema do candidato, seria exercida, nas eleições deste ano, através da repetição do que fez em 2018, quando preferiu viajar a Paris a apoiar explicitamente Fernando Haddad.

Ciro iniciou a resposta com pesadas críticas a Lula, o presidente. Ele mesmo acaba de fazer um recorte do momento, em tom de deboche.

Uma delas foi que Lula não teria cedido o lugar a Brizola ou Mario Covas nas eleições de 1989, quando, segundo ele, “todas as pesquisas” indicavam que o petista era o único que perdia de Collor no segundo turno.

É uma crítica inacreditavelmente idiota, repleta de preconceito antidemocrático. Para que cargas d`água serve o primeiro turno de uma eleição se não for para ouvir a voz do povo? Vamos substituir o voto popular por “pesquisa” ou “análise” de meia dúzia de “especialistas políticos”? Onde seria decidido que o candidato do campo popular deveria ser Covas ou Brizola, ao invés de Lula? Num restaurante de luxo em São Paulo?

A outra crítica de Ciro ao ex-presidente é que Lula teria “enganado” o povo ao dizer que poderia ser candidato, mesmo estando condenado, preso, e eliminado previamente do jogo pela Lei da Ficha Limpa.

Essa é uma crítica que tinha algum sentido até abril de 2021, quando o STF anulou todos os processos contra o ex-presidente Lula e restituiu-lhe integralmente seus direitos políticos. Se o fez  agora poderia igualmente tê-lo feito em 2018, caso o tribunal ainda não estivesse hipnotizado e intimidado pelas violências da Lava Jato.

E se o fizesse na época, Lula poderia ter vencido as eleições. Esse fato “anistia” Lula, por assim dizer, porque lhe dá razão a posteriori.

Em política, assim como na filosofia e na ciência, é preciso humildade para retificar sua opinião na medida que os fatos históricos confirmam ou negam as premissas com que trabalhávamos.

Entretanto, até aqui estamos no campo da política. As respostas de Ciro foram infelizes, mas democráticas. O pior veio depois.

Terminada sua resposta, e antes que outro veículo fizesse perguntas, Ciro voltou-se para Lula e atacou diretamente o veículo que o jornalista representava, dizendo que “a 247 não é um órgão de imprensa. É um panfleto do Lula. Pago com dinheiro sujo.”

Não é a primeira vez que Ciro Gomes ataca um veículo independente, acusando-o de ter ligações com Lula, com o PT, e de receber financiamento ilícito. A situação foi mais grave dessa vez porque ele estava dando uma coletiva no lançamento de sua candidatura, com presença de representantes de toda a grande imprensa nacional!

A fala de Ciro sintetiza um dos problemas centrais de sua campanha: uma falta de inteligência emocional que o vem isolando – e a seu partido – num ritmo que podemos chamar de dramático. Vamos comentar isso daqui a pouco.

Voltemos aos insultos de Ciro ao 247.

Foi um gesto covarde, mesquinho, antidemocrático e, do ponto-de-vista eleitoral, mais um dos incontáveis tiros que Ciro Gomes vem aplicando, criteriosamente, em seu próprio pé, desde que perdeu a vaga para Haddad no primeiro turno de 2018.

Foi covarde porque jornalistas da grande imprensa já fizeram exatamente a mesma pergunta, e Ciro Gomes jamais os contrangeu com ataques aos veículos que representavam. Quando Roberto D´Ávila, em julho de 2021, por exemplo, fez a mesma pergunta, e de maneira ainda mais provocativa e incisiva, Ciro respondeu furiosamente, mas não atacou o veículo. Ciro apenas atacou o 247 por entender que, no atual ecossistema da comunicação brasileira, é um veículo que não conta com a simpatia das elites e dos outros grandes meios de comunicação. É um raciocínio típico de um covarde: feroz e violento com um veículo alternativo de esquerda; mansinho e educado com a mídia corporativa.

É também ignorância.

O alinhamento de um veículo de mídia a uma corrente de ideias, a uma ideologia, a um partido, a uma liderança política é muito mais a regra do que a excessão na história da imprensa, no Brasil e no mundo. Nenhum veículo merece ser desrespeitado por assumir um lado.

O escritor Franklin Foer, em seu livro recém publicado, “Um mundo sem mente (World without a mind)”, observa que os grandes jornais americanos, aqueles cujos nomes se confundem hoje com a própria ideia de “imprensa livre”, como New York Times e Washington Post, iniciaram suas vidas “cheio de invectivas”, e acusados de serem porta-vozes de interesses partidários. Esta seria a fase inicial da grande imprensa americana, a sua infância. Em seguida, sobrevieram décadas de sensacionalismo radical, período em que os jornais conseguiram se consolidar financeiramente, embora às custas de escrúpulos profissionais. Muitas reputações foram destruídas injustamente nessa fase. A era do jornalismo “cool”, “imparcial”, distante das guerras partidárias, além de ser um fenômeno recente, parece ser igualmente um período curto, pois essa mídia passou ser engolida, por um lado, por grandes corporações tecnológicas, e, de outro, perder espaço para veículos independentes que operam em nichos do mercado político.

Ciro revela, portanto, uma profunda ignorância sobre liberdade de imprensa. Pior: contamina toda a sua militância com um sentimento autoritário e violento. Após a fala de Ciro, que naturalmente gerou reações negativas junto a setores da imprensa progressista, assistimos a uma onda de ataques da militância cirista. Em alguns casos, com participação de lideranças do próprio PDT.

Veja por exemplo essa postagem de Antonio Neto: “Independente kkkkkk”.

Isso não é engraçado, caro Antonio Neto.

Segundo a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), a violência contra jornalistas cresceu  107% em 2020. No Brasil, ainda vemos, no interior do país e nas periferias das grandes cidades, índices altíssimos de violência contra jornalistas. Os agressores usam sempre a mesma justificativa: de que os jornalistas ou veículos não seriam “independentes”.

Claro, se você usar o termo “independente” como sinônimo de um veículo de imprensa inteiramente desprovido de opinião, que nunca toma lado em coisa alguma, e que exerce a “neutralidade” até o limite do absurdo, então nunca existiu imprensa independente em lugar nenhum do mundo. E, se existe, é uma imprensa anódina, desdentada, eunuca. Se um grupo de jovens cria um pequeno jornal em Rio das Pedras, com objetivo de denunciar a milícia, os seus agressores igualmente tentarão desqualificar a iniciativa, caracterizando seus jornalistas de “militantes”.

Aliás, não é exatamente isso o que faz o bolsonarismo. Acusar qualquer jornalismo crítico de “militante”?

Sei que o militante político, muitas vezes, é chato mesmo, e deve-se cuidar para não culpar demais o partido ou o líder pelas estrepolias que fazem alguns de seus apoiadores nas redes. Mas quando as lideranças políticas, abertamente, orientam seus militantes no caminho de agressões à imprensa, aí devemos nos preocupar!

Foi também um gesto profundamente antidemocrático de Ciro.

Um candidato a presidente da república é um presidente da república em potência, uma situação ainda mais forte no ano eleitoral, e mais ainda num evento em que a candidatura está sendo lançada!

Um dos principais teóricos de democracia no mundo, Robert Dahl, cujas obras se tornaram cânones nas escolas de ciência política do Brasil, resume a democracia em duas dimensões teóricas: o nível de liberdade de “contestação pública” num regime, e o direito a participar de eleições e cargos públicos.

Ora, a pergunta de Luis Costa Pinto era um exemplo clássico de uma pergunta feita deliberadamente com objetivo de fazer uma “contestação pública” a um candidato a presidente da república. Todos os outros candidatos, ao longo da campanha, terão que enfrentar contestações desta natureza. Saber responder a todas as perguntas, mesmo as mais incômodas, com elegância e espírito democrático, sem atacar o mensageiro, é a virtude que esperamos de um presidente da república!

Por fim, o ataque ao 247 foi também um tiro no pé do ponto-de-vista eleitoral. Ciro perdeu – mais uma vez – a oportunidade de mostrar que não é o “destemperado” ou o “desequilibrado” de que tanto é acusado, desde campanhas anteriores. O pedetista poderia ter dado uma resposta inteligente e bem humorada. Ao partir para a ofensa, revelou a fragilidade de um espírito sempre a ponto de perder o controle. E não é isso, definitivamente, que se espera de alguém disposto a ser a autoridade máxima de um país.

Do ponto-de-vista retórico, o discurso de Ciro havia sido razoável. Alguns comentaristas disseram que ele deu uma “guinada à esquerda”.

O conteúdo, porém, é discutível. A promessa de financiar smartphones em 36 vezes, por exemplo, virou chacota, porque soou ridiculamente demagógica. Um discurso político nesse momento da campanha precisa apontar as grandes diretrizes econômicas, sem se perder em promessas politiqueiras.

Além disso, Ciro insiste na tese oportunista e equivocada de que o “modelo econômico” de todos os governos, desde a redemocratização, foram iguais. Não o foram. O governo FHC não tinha reservas internacionais, o que o obrigava a se submeter a cerimônias constantes de humilhação diante dos órgãos de crédito estrangeiros . Os governos petistas construíram reservas internacionais da ordem de centenas de bilhões de dólares. Isso é um modelo econômico bem diferente.

FHC paralisou investimentos públicos. Os governos Lula e Dilma realizaram gigantescos investimentos públicos. Outra diferença estrutural.

Mesmo na questão da política industrial, há diferenças profundas. Houve erros, contradições, tropeços, nos governos petistas, mas houve política industrial. Não fosse a Lava Jato, poderíamos ter levado adiante a construção de várias novas refinarias, que é indústria de base, ou seja, é condição determinante para um processo de reindustrialização do país.

Outro erro elitista da crítica cirista é menosprezar a melhora no padrão de vida dos brasileiros, proporcionada por uma série de políticas públicas de governos petistas, como se não se tratasse de “mudança estrutural” .

Ora, para dezenas de milhões de famílias brasileiras, a melhora na alimentação, a oferta de mais empregos, o aumento do salário e a existência de crédito para se adquirir eletrodomésticos, motos, carros, viagens e vagas em universidades, tudo isso produziu “mudaças estruturais” que apenas o filho mimado de uma burguesia provinciana poderia menosprezar!

No Brasil dos anos 2000, destruído por décadas de ditadura, e que em seguida teve o sangue drenado pelo neoliberalismo egoísta do PSDB, as melhores e, quiçá, as únicas politicamente possíveis, reformas estruturantes, era apostar nos seres humanos, nos brasileiros, alimentando-os melhor, educando-os mais, e lhes oferecendo oportunidades de renda que antes não tinham.

Entretanto, mesmo com todas essas críticas que eu faço ao discurso de Ciro no lançamento de sua candidatura, reconheço que ele traz pontos interessantes, e que poderia contribuir para o debate político.

Sua agressão gratuita, porém, ao jornalista do 247, pôs tudo a perder, porque produziu um fato profundamente negativo, um momento de violência, manchando o clima de festa democrática com que o evento poderia, e deveria, terminar.

Outro ponto a destacar é o negacionismo político que Ciro Gomes e seus cabos eleitorais tem ajudado a disseminar junto a sua militância. Vemos isso o tempo inteiro quando se negam a acreditar em pesquisas. Mas está presente também nas passadas de pano, como dizer que ele não “atacou” o 247. Teria sido apenas uma crítica. Há algum tempo que a militância cirista usa essa desculpa, de que Ciro não faz “ataques”, mas apenas “críticas”.

Infelizmente, não é verdade. Crítica é crítica. Ataque é ataque.

Quando Ciro diz que o 247 é um panfleto de Lula e que é financiado com “dinheiro sujo”, isso não é crítica. É um ataque baixo e vulgar, uma violência injustificável contra um veículo importante no combate ao bolsonarismo, ao neoliberalismo e à extrema direita nacional. Diante de um governo como o de Jair Bolsonaro, com todo o perigo que ele representa, mobilizar toda a sua militância para atacar jornalistas e veículos de esquerda, como fez Ciro, é uma postura irresponsável!

E não é só. O jornalista Luis Costa Pinto ainda relatou que, após os insultos de Ciro Gomes ao 247, alguns militantes do PDT se aproximaram, com postura agressiva, querendo expulsá-lo do recinto a golpes de grosserias, humilhações e mesmo intimadação física.

Lula protestou junto ao senador Cid Gomes, que estava próximo, pedindo para que mandasse que os “meganhas” se afastassem. O senador, incomodado com o uso do termo “meganha”, disse que um deles era seu assessor, professor universitário.

Esses mesmo assessor seguiu Lula até o lado de fora da Sede do PDT, sempre exibindo uma postura agressiva e trocando insultos com o jornalista. Chegou a colocar as mãos no ombro de Lula, como que querendo provocar um conflito físico.  Pelo que apuramos, o nome desse “meganha” que tentou intimidar o jornalista, e que o seguiu até o lado de fora, é Gustavo Castañon, assessor na liderança do PDT do Senado, além de professor universitário. Confrontado com fotos, vídeos, e descrições da figura, Lula confirmou a identidade do agressor: “é ele”.

Vale ainda ressaltar o incrível isolamento político de Ciro Gomes e de seu partido, o que ficou claro no evento de sexta-feira. Foram raríssimos os comentários, menções ou saudações de lideranças de outros partidos. Marina Silva, liderança da Rede, festejada por militantes ciristas como possível vice de Ciro, não fez um gesto de simpatia em suas redes sociais. Ao contrário, o nome mais ilustre do partido de Marina, o senador Randolfe Rodrigues, que até pouco tempo fazia elogios públicos a Ciro Gomes, não apenas ignorou completamente o discurso do pedetista como postou em suas redes, no mesmo dia, uma foto sua ao lado de Lula.

No próprio PDT, notou-se o ensurdecedor silêncio do senador Weverton Rocha, que foi líder do PDT na Câmara dos Deputados, em dois anos consecutivos, 2016 e 2017, líder da Minoria no Senado em 2019 e 2020, além de pré-candidato do partido ao governo do Maranhão. Rocha não deu um pio sobre o lançamento da candidatura de Ciro em suas redes. O único governador do PDT, Walder Góes, do estado do Amapá, também preferiu o silêncio. Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niteroi e pré-candidato do partido ao governo do Rio, não postou uma foto de Ciro no dia 21, tampouco mencionou seu discurso ou o lançamento de sua candidatura. Neves fez apenas uma postagem sobre a convenção do PDT. Há alguns meses, Neves também postou em suas redes fotos ao lado de Lula:

Será possível que o negacionismo de Ciro, do PDT, e de seus militantes, seja tão grande a ponto de não enxergar os problemas?

O PDT tem todo o direito de lançar uma candidatura própria. E a candidatura de Ciro poderia representar uma excelente contribuição programática a campanha presidencial deste ano.

Mas a sua estratégia de agredir, sistematicamente, Lula e PT, e a tudo que ele considera como sendo próximo ao lulismo, incluindo portais de esquerda, exatamente no momento em que o ex-presidente e seu partido reconquistam seu prestígio, crescem a olhos vistos e voltam a representar tantas esperanças, tantos sonhos, para milhões de brasileiros, me parece uma péssima ideia.

Os portais de esquerda, por sua vez, também vem crescendo de maneira sensacional nos últimos anos. Brasil 247, Forum, DCM, GGN, Tijolaço, Rede Brasil Atual, Cafezinho, entre outros, atravessaram momentos difíceis, travaram lutas duras e solitárias contra o golpe de 2016 e contra a Lava Jato, em momentos em que a opinião pública, ancorada na grande mídia, era agressivamente simpática a pautas golpistas e reacionárias. Os ventos mudaram, e os veículos independentes merecem parte importante do crédito por isso. Ao agredir o 247, Ciro Gomes agride a todos os portais de esquerda, e a todos que nos acompanham e nos assistem. Com isso, ele atrai ainda mais animosidade contra sua figura, sua campanha e seu partido, o que respinga em todas as candidaturas pedetistas nos estados. Qual a necessidade disso?

Essa agressividade crescente de Ciro apenas acrescentará mais um componente de violência a um processo eleitoral que já promete ser turbulento, pois temos um presidente de personalidade fascista, que fará de tudo para tumultuar e, se possível, melar as eleições.

Se existir ainda um pouco de lucidez em Ciro Gomes, fica o apelo de um jornalista que já o admirou muito e que, inclusive, apoiou sua candidatura em 2018: mude sua estratégia, reconstrua o diálogo com Lula e o PT, pense no médio e longo prazo, para depois das eleições de 2022, quando precisaremos reconstruir um país destruído e fazer esse povo voltar a ter esperanças!

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Eduardo Santana

27/01/2022 - 22h16

Parabéns, Miguel! Excelente texto! Magnífica análise! Ciro Gomes faz, sempre fez, muito mal a si mesmo. É caso perdido…

Rafael Jax

24/01/2022 - 12h15

Quando em breve as candidaturas paulistas derreterem, e o Bolsonaro apontar a vitória, o Cafezinho vai voltar correndo para o Ciro, abandonando o sapo barbudo.

Elvis

24/01/2022 - 09h46

Pode gostar ou não gostar, mas Ciro em nenhum momento mentiu! Verbas milionárias para 247 fazer propaganda PTista! Panfleto do Lula sim, pega 99,9% das postagens de lá e vai perceber. Midia independente uma pinoia

Elvis

24/01/2022 - 09h43

Ngm faz textão pra repudiar as alianças democráticas com quem foi contra a democracia no golpe?
Eu acho que vcs estão todos cegos de Paixão pelo deus lula! Lula aposta na burrice de seus eleitores e está dando certo, infelizmente

foo

24/01/2022 - 04h32

O Brasil 247 merece críticas.

Por exemplo, o documentário sobre a facada foi um lixo jornalístico e eles baniram dos comentários todos aqueles que fizeram críticas.

Mas o Ciro não é coerente com sua própria história, atacando os sites progressistas e buscando apoio da grande mídia.

Vai terminar como Marina Silva em 2018.

Arnaldo

24/01/2022 - 04h00

Ciro em nada acrescenta ao debate político desde 2019, quando passou a utilizar do udenismo lavajatista seu debate político. Ignorá-lo por completo e deixar que o próprio PDT, em movimento de sobrevivência, cristianize sua candidatura é a melhor opção. O destino do cirismo é se juntar a meia dúzia de gatos extrema extrema direita chauvinista brasileira que hoje gira em torno do Aldo Rebelo (duginistas da NR, neo-integralistas, negacionistas e viúvas do Enéas Carneiro).
Quem sabe o Gustavo Castañon consiga em uma live com Anitablian, Rubem Gonzalez, Felipe Quintas-coluna e o cara do canal Arte da Guerra, fazer uma mesa branca para evocar o Plínio Salgado e o Médici.

Henrique martins

24/01/2022 - 00h44

A propósito, o TSE tem que ir a Dubai pressionar o Telegram ou simplesmente veta-lo no Brasil

Henrique martins

24/01/2022 - 00h35

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/telegram-cresce-numero-bolsonaristas/

O centro operacional do Telegram é em Dubai e o criador é russo.
O Telegram não está sediado na Rússia não gente.

Ariel

24/01/2022 - 00h13

Mas o 247 é um site petista. E não tem mal nenhum nisso. Só não pode se considerar isento, independente, plural, etc. Ciro tem razão nessa.

marco

23/01/2022 - 23h53

Não sei porque tanta celeuma.
Ciro apenas lembrou as denuncias do saudoso, Paulo Henrique Amorim ; sobre o Attuch ser o “laranja” do Daniel Dantas.

Max

23/01/2022 - 23h25

Gostaria de ver o Cafezinho é demais mídias “progessistas” cobrando as contradições do Lula e do PT como cobram do Ciro.
Aliás o 247 / diariodocentrodomundo não permitem NENHUM comentário contrário.
Tiveram a cara de pau de dizer que o Ciro veio depois do Lula com revisão da reforma trabalhista.
O cafezinho já foi mais imparcial . Duro de ver.

Alckmin de vice , Renan presidentedo senado e eunicionoliveira da Câmara.

Melhor perder isolado do q junto a esses.

Tá na hora dos petistas solicitar ao Lula qual o preço dessas “parcerias”.

Já como no q deu as indicações políticas na Petros e os retrocessos q vieram depois .

Até quando ???

Tiveram

Paulo

23/01/2022 - 22h36

Cancelado por dizer a verdade: eis o crime de Ciro! Tô com ele nessa. Só acho que a pressão pela unidade, vinda das esquerdas, empareda as pessoas e seus sonhos mais legítimos (nesse caso, os do candidato Ciro)…

Bassam

23/01/2022 - 22h27

Ataque!?? Ciro deu uma excelente resposta pra um cidadão que nem merecia….. PT nunca mais!!! Agora é Ciro ou nulo!!!!!

Paulo Morais

23/01/2022 - 21h05

Quer dizer que basta ser de esquerda que tem que passar o pano para todos os erros? Não importa se houve corrupção? Não importa se houve mensalão? Não importa se o Lula está se aliando, novamente, com o que há de mais podre e corrupta com a política da direita? Sou de esquerda e exijo uma esquerda digna e honesta. O Lula não representa a esquerda que eu quero, ou seja, escravo do centrão e do sistema financeiro.

Francisco Bezerra

23/01/2022 - 20h58

Aqui no Ceará, meu conterrâneo, é tudo como um político de pavio curto, grosseiro e visceral mente agarrado ao poder. Nacional ente é visto como um político provinciano que no círculo das grandes democracias do mundo é irrelevante. Se apequena mais ainda quando agride um portal progressista que defende a democracia como um poder absoluto. O futuro dele pode estar no retrovisor: repetir em 2022 a votação ridícula da Marina em 2018.

Paulo Morais

23/01/2022 - 20h56

Não manchou absolutamente em nada as credenciais democráticas do Ciro Gomes. Esse site é um puxadfinho patrocinado pelo PT, ou seja, é um panfleto do Lula, simples assim…

Sandra rota

23/01/2022 - 20h49

Hei Carluxo, tem uma comentarista que adorou ser chamado por vocês jocosamente de ‘insuperável ‘. Vai que ele é mesmo né….

Tiago Silva

23/01/2022 - 20h45

Gostaria de ler ou escutar a resposta que o Ciro (ou o “Carluxo” do Ciro) teria em relação a esse texto de Miguel do Rosário…. aliás gostaria de ler/ouvir uma resposta com argumentos em relação ao conteúdo que o Miguel expôs e não outros ataques para tergiversar em relação ao conteúdo. E ainda perguntar:

1- Será que vão conseguir contra- argumentar esse texto de Miguel?

E depois gostaria de realizar outras perguntas:

2- Qual a razão para emularem tanto o Bolsonaro (e Carluxo) mesmo após esse desastre recente?

3- Será que além de falta de inteligência emocional… não falta inteligência estratégica ou qualquer outra inteligência?

4- Será que João Santana, Ciro e o “Carluxo do Ciro” vão continuar a errar tão crassamente até as eleições?

5- Será que vão continuar a atacar ou continuar com ataques para se manter em bolhas orientadas por narcisismos e simplismos alienantes… ou começar a ter a humildade necessária dos sábios?

Henrique Martins

23/01/2022 - 20h43

https://www.brasil247.com/brasil/paulo-marinho-preve-prisao-da-familia-bolsonaro-em-2023-u0du3coe

Elementar meu caro Watson. A prisão deles será uma exigência da própria população.

Sandra rota

23/01/2022 - 20h31

E aí Carluxo, quer dizer que vocês não gostaram da palavra ‘apedrejado’ que usei num dos meus comentários?
Ora rapaz, quem usa ferramentas de espionagem é obrigado a tolerar qualquer coisa escrita ou falada né não…..

Batista

23/01/2022 - 20h11

Da série, Vem de Longe, Só Não Enxerga Quem Não Presta Atenção ou Prestando, Não Pensa:

A Oligarquia Irritada – Daniela Pinheiro – Revista Piauí – Março de 2007 – último parágrafo.

“Antonio Carlos Magalhães, do PFL, acha que os Gomes têm chances de chegar ao Planalto. Poucas chances, porque o senador não acredita que Lula vá apoiar Ciro.

(…) O que prejudicou o Ciro nas eleições para presidente foi a língua, aquele jeito de usar frases inconvenientíssimas e respostas violentas para coisas menores.””

SOCORRO! Até Toninho Malvadeza estranhando e dando conselhos, em 2007, aí já é demais, melhor chamarem o síndico do 2022.

Dilmar Miranda

23/01/2022 - 18h51

Na mosca. Morei mais de quarenta anos no Ceará. Conheço pessoalmente o Ciro. É um político errático que já passou por quase uma dezena de partidos, sendo o primeiro a famigerada ARENA, partido da ditadura. Tem o temperamento de um coronel do asfalto. Infelizmente, o comportamento de seus admiradores reproduz o pavio curto do coronel.

Henrique martins

23/01/2022 - 18h19

Aviso que os celulares não dá para confiar nem desligados. É preciso tirar as baterias deles.

Henrique martins

23/01/2022 - 18h05

A propósito, perceberam que Dubai é o berço do Telegram?

Henrique martins

23/01/2022 - 18h02

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/author/pedro-zambarda-de-araujo/

O problema é que o Carluxo não apenas esteve na tal stand de Dubai como a trouxe para o Brasil e a está usando para espionar blogueiros progressistas, comentaristas de blog ( como eu), demais opositores de todos o naipes e matizes, e até aliados.
Portanto, cuidado com as comunicações em celulares, Whatsapp, redes sociais, e até telefones fixos. Quem avisa amigo é.

Alexandre Neres

23/01/2022 - 17h01

No início da biografia de Lula, na antevéspera de ser preso por um juiz infame, Cid Gomes era um dos poucos que estava no Instituto Lula com o escopo de convidar Dilma para concorrer às eleições no Ceará. Seria de bom alvitre saber o que o clã Ferreira Gomes descobriu sobre Lula nesse meio-tempo em que ficou preso nas masmorras de Curitiba, o que fez com que mudassem de postura. Aliás, diga-se de passagem, não gostaria de compor com um criminoso, com o corruptor-mor, logo não pega nada bem o que Cid Gomes está querendo fazer nas eleições cearenses este ano, parece oportunismo.

Vale registrar que até nas eleições de 2018 a jurisprudência era unívoca no sentido de permitir que o candidato na mesma situação em que Lula estava concorresse, no caso de eleito poderia ser cassado a posteriori. Não se pode olvidar que o Comitê de Direitos Humanos da ONU recomendou que Lula fosse candidato. O ministro Barroso, conhecido como iluminista do Projac, indeferiu a candidatura de Lula e essa nódoa indelével ficará no seu currículo de lavajatista empedernido. O mesmo Comitê julgará este ano a conduta vexatória de Serjo Morto.

Nossa democracia corre perigo, podemos descambar para a barbárie, no entanto Ciro Gomes faz suas escolhas e opta por atacar Lula e o Brasil 247 em meio a diversos projetos e tipos de mídia como o Antagonista e a Jovem Klan. Não tenho como evitar a comparação com o grande Chico Buarque de Holanda, que quebrou um quadro e mijou nele numa reunião na Globo e por causa das rixas com a emissora ficou anos e anos sem pisar lá. Chico é um artista e isso era uma espécie de suicídio para ele, sobretudo nos anos de chumbo e anteriormente à existência da Internet e das redes sociais, mas ele preferiu manter a dignidade. Seria muito mais fácil adotar uma postura dócil e apolítica e ganhar um especial todo fim de ano. Mas Chico é Chico, sua figura sobreleva-se ante tanta mediocridade. Atacar o Brasil 247 é fácil, rende cliques entre bolsominions e a imprensa familiar tupiniquim, quero ver é partir pra cima de quem detém poder e correr o risco de ser prejudicado.

Ficará cada dia mais difícil para Ciro sustentar sua candidatura, pois todos sabem que o lugar do trabalhismo é ao lado de Lula, uns por esperteza, outros por vocação. Tão aí Vivaldo Barbosa, Fernando Brito e Brizola Neto pra não me deixar mentir.

Ciro tem todo o direito de se lançar sua candidatura, de demarcar terreno pra diferenciar seu projeto do de Lula e assim por diante, não tem o de nessa altura do campeonato, com a extrema-direita no cio, fazer acusações levianas e desconexas, incitando a cizânia no campo progressista.

A falta de inteligência emocional e um ego desmedido fizeram Ciro ser preterido diversas vezes no decorrer de sua trajetória. Em que pesem suas virtudes, seu temperamento recorrentemente põe tudo a perder. Em razão disso, agregou em torno de si um grupo de valentões irredutíveis cheios de prosopopeia e de testosterona que fica caçando briga e intimidando quem ousa discordar do projeto que pelo visto não conseguiu encantar as multidões, bem representado na figura histriônica do Prof. Castañon. Nada mais anacrônico no século XXI, em pleno desgoverno Bolsonaro, do que uns machões que querem ganhar no grito com um discurso ultrapassado e démodé.

foo

23/01/2022 - 16h54

Excelente artigo!!!

José Vital

23/01/2022 - 16h42

Excelente análise! Abrangente e mostrando que Ciro e o PDT devem ter uma mudança de rumo profunda ou irá perder sua credibilidade junto a todos que defendem a democracia e o povo brasileiro. Valeu Miguel.

Daisy Cação

23/01/2022 - 16h29

Boa tarde Miguel, feliz ano novo! Meu coração transborda de alegria, muito feliz com seu novo momento político. Acho você genial, parabéns pelo artigo. Conheci Miguel do Rosário em 2014, num ano muito difícil da minha vida, onde precisei mudar de Estado, meu esposo precisou ir pra fila de transplante. Só aos 54 anos, descobri a magia das redes sociais. O cafezinho era meu companheiro diário, assim como outros. Sou de esquerda desde 1974, encontrei no seu blog uma porta de informação política de qualidade, evolui muito com suas opiniões. Até que em 2018, num momento de grande atentado a democracia, vi com tristeza sua guinada. Nenhum problema apoiar o Ciro, seu direito, isso é democracia. Mas o grande Miguel mudou, não era o de 2014, uma decepção, não frequentava mais o Cafezinho Depois das eleições, voltei, infelizmente ficou muito pior. O Cafezinho virou um antro de bolsominions e cirominions, o ambiente se tornou tóxico. Hoje estou feliz por ter Miguel de volta. Esse ano é um ano de muita luta, estamos juntos. Lutar sempre, desistir nunca.

    foo

    24/01/2022 - 04h34

    Também estou feliz com a mudança de postura do Miguel.

Jair Costa

23/01/2022 - 16h17

O cafezinho tem muita autoridade para representar a imprensa progressista.
Acompanho o cafezinho desde antes do Brasil247 iniciar sua jornada.
Junto com os saudosos Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada) e
Paulo Nogueira (DCM). E Luis Nassif (Jornal GGN), Fernando Brito (Otijolaco)
formaram o porto seguro de toda a esquerda durante todos esses anos.
Muito agradecido.

Cristiano Passos da Fonseca

23/01/2022 - 16h17

Pelo menos você teve a decência de colocar o vídeo da pergunta e da resposta. O 247 não teve. E ainda censura quem pede. A mídia tradicional merece todas as críticas, mas não dá para substituí-la pelo 247.

Joao Carlos Holanda Cardoso

23/01/2022 - 15h57

Concordo com tudo o que você escreveu. Mas não se iluda quanto ao pedido final de lucidez à Ciro. Não ocorrerá. Já acreditei que isso ocorreria em algum momento. Não tenho mas esperanças.Toda a sofisticada compreensão que Ciro tem dos grandes problemas estruturais brasileiros parece se ancorar em uma imatura certeza de que somente é exclusivamente ele é capaz de solucionar tais problemas. É um caso perdido de personalidade egóica a destruir uma aguçada inteligência. Eleito, Ciro seria um desastre político como presidente.

Netho

23/01/2022 - 15h52

Quem não assinou a Constituição CIDADÃ de 1988 foi o PT liderado desde sempre pelo Don Sebastião do ABC. Aquele partido que Brizola definiu melhor do que ninguém: ” O PT cacareja na esquerda e bota ovos à direita”. Agora, as relações carnais com o tucanato consumam outra máxima do gaúcho de Carazinho: “O PT é a esquerda que a direita gosta”. Lula fala em “colocar o rico no imposto de renda” para poder “por o pobre no orçamento”. Mas Lula e o PT durante década e meia no poder não regulamentaram o IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS, que não consta, nem constará do programa de reforma tributária em parceria com o ex-representante da Opus Dei no PSDB, agora sem partido e à cata de uma sinecura para garantir o Jaburu.

Vilson Luiz Bello

23/01/2022 - 15h07

Em 2018 , votei no Ciro no 1* turno , , mais hoje me arrependo , jamais votarei num cara que se diz de esquerda , mais ataca a esquerda por não estar em primeiro lugar nas pesquisas , é uma figura que pelos seus atos , só se interesse pelo poder , já deixou claro de que lado está está . Ao lado da burguesia exploradora .

José

23/01/2022 - 14h58

Ciro vai afundando com seu mercateiro. Esse aproveitador tem a cara de pau de falar no Brizola.

Julio

23/01/2022 - 14h55

Parabéns pelo excelente artigo????

Antonio Morais

23/01/2022 - 14h02

Muito bem Miguel. Ótima análise. Acho que o Ciro queria ser o candidato a presidência no lugar da Dilma, por isso a sua raiva incontrolável ao Lula e ao PT. Ele é no fundo um grande egocêntrico.

Galinzé

23/01/2022 - 13h55

No momento em que o ex presidente e seu partido recuperam seu prestígio…kkkkk

Acorda Miguel do Rosário….

Kleiton

23/01/2022 - 13h52

Miguel do Rosário falando de liberdade de imprensa quando a primeira coisa que fez na pseudo associação de imprensa da qual este site faz parte é pedir a censura do Presidente da República e de mais alguns blog e personagens de direita.

O site 247 é ligado mãos e pés a Lula e duvido que na época da roubalheira desgraçada não tenha embolsado uma grana de uma forma ou outra.

O cafezinho nunca recebeu nada ?

Miguel do Rosário tentou desfarçar por um tempo de não estar grudado ao escroto de Lula mas assim que o STF o liberou pulou de novo nós pentelhos do Pilantra Máximo.

A esquerda está sendo engolida por Lula e irão afundar juntos Jajá.


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