Como é de conhecimento público, o atual vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, é o nome predileto de Flávio Dino para disputar a sucessão pelo Palácio dos Leões.
Vale lembrar que Brandão foi uma figura decisiva para a vitória de Dino nas eleições de 2014 quando os tucanos, incluindo Aécio Neves, apoiaram a candidatura do então candidato do PC do B.
Com isso, Brandão poderá migrar para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) durante a janela partidária, em abril.
A possível movimentação brusca faz parte da estratégia do grupo governista local para ter o apoio do ex-presidente Lula.
Durante a entrevista para os canais independentes na manhã de ontem, Lula mandou um recado para Dino ao dizer que Brandão que não terá seu apoio se for candidato pelo PSDB.
“Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino. Agora, o companheiro Flávio Dino tem um candidato, dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar nossa vida”, esclareceu o ex-presidente.
Já no final da tarde de hoje, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, reiterou que o governo do Maranhão faz parte das exigências dos socialistas.
Além do Maranhão, Siqueira ressaltou que o PSB também “oferece palanque” ao PT em Alagoas. Por outro lado, os socialistas devem apoiar as candidaturas petistas aos governos da Bahia, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte.
“O PSB vai apoiar candidatos petistas na BA, SE, PI e RN. Temos palanque a oferecer no MA e AL. Há que se ter reciprocidade na construção da unidade política. Vamos iniciar com o PT uma rodada de reuniões nos Estados para aprofundar o debate sobre os nomes aos governos estaduais”, disse.
Pelo PDT, o senador Weverton Rocha já lançou sua pré-candidatura ao governo, mas devido as divergências nacionais do ex-ministro Ciro Gomes com o ex-presidente Lula, o trabalhista encontra dificuldades para conquistar o apoio de Dino e dos petistas. Mas apesar disso, Weverton declarou por diversas vezes que vai apoiar Lula.