Categoria decidiu pela paralisação por falta de diálogo com a atual direção que quer cobrar preços abusivos nos planos de saúde e vem alterando de forma unilateral resoluções internas
[Da redação da CUT]
Os eletricitários e eletricitárias da Eletrobras decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em defesa dos seus direitos, de seu plano de saúde, que a atual direção da empresa quer cobrar preços abusivos. Eles também protestam contra a coação e assédio que vêm sofrendo em Furnas.
No Boletim Intersindicais Furnas a categoria denuncia que “ parece é que Furnas virou o laboratório do medo e da coação. A vanguarda do atraso. Não existe uma greve que não seja precedida de terrorismo direto nos emails da força de trabalho. E com o teletrabalho isso só se agravou. Diretores covardes, submissos às imposições da holding, passaram a dar ordem aos superintendentes e gerentes para estabeleceram o caos, a insegurança e o medo nos grupos de whatsapp dos departamentos com ameaças e intimidações aos movimentos grevistas ou a qualquer resistência”.
Nesta segunda-feira (17), as bases do Rio de Janeiro: Santa Cruz, Grajaú, Angra dos Reis, Escritório Central (B.M.); Distrito Federal: Brasília, Gurupi, Serra da Mesa; Espírito Santo; Goiás: Aparecida de Goías, Rio Verde, Itumbiara; Minas Gerais: Marimbondo, Poços de Caldas, Itutinga; São Paulo – Campinas, Estreito e Itabera, amanheceram com faixas em apoio à greve e convocando a categoria para a luta.
Em nota, a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) diz que é chegada a hora da mobilização em defesa do nosso país, da soberania, da defesa dos nossos empregos e dos nossos direitos e convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras a entrarem em greve por tempo indeterminado, conforme deliberado em assembleia.
Segundo a AEEL, a paciência dos trabalhadores e trabalhadoras chegou ao limite com a iniciativa dos diretores da Eletrobras, principalmente do senhor Luiz Augusto Figueira, de alterar o plano de saúde em plena pandemia, como se já não bastasse a inflação de mais de 17% (IGP-M) e 10% (IPCA) que corrói o poder de compra e a qualidade de vida, agora a empresa quer empurrar goela abaixo um plano de saúde com cobranças abusivas. A empresa também vem alterando de forma unilateral resoluções denunciam os dirigentes da AEEL.
Redução da qualidade do serviço prestado à população
Os eletricitários alertam que o rebaixamento da qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras é só o primeiro ato, que antecede as demissões, com a consequente redução da qualidade do serviço de energia elétrica para a população, que pagará o preço com novos aumentos das tarifas. E tudo isso com o único objetivo de pagar mais dividendos e enriquecer os acionistas privados, ou seja, com o interesse de transferir renda do trabalhador e da população para os banqueiros e grandes empresários.