Nesta terça-feira, 18, o presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, concedeu entrevista ao Correio Braziliense e falou sobre as tratativas com a Executiva Nacional do PT, visando um acordo nacional, para as eleições presidenciais.
O dirigente socialista avalia que é necessário que a sigla do ex-presidente Lula faça uma escolha entre “disputar com o seu principal aliado, na esquerda, os governos estaduais, ou se é conquistar a Presidência da República”.
Como é de conhecimento público, a negociação entre os dois partidos está tensionada devido aos conflitos de candidaturas aos governos estaduais.
“Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas”, observa Siqueira.
Além disso, ele sugere que o PT evite o que considera uma “visão exclusivista” do partido nas negociações com o PSB.
“Eu não diria que [o PT] está de salto alto, diria que está com as dificuldades que nós já conhecemos. Uma visão exclusivista. Não diria hegemônica, porque é natural de quem tem a maioria, mas exclusivista, e que é uma visão que precisa ser superada. Não só para unir a esquerda, mas para ampliar o centro”.
Em outro trecho, o mandatário do PSB elencou as prioridades do partido no que diz respeito aos governos estaduais e citou até mesmo o estado do Maranhão.
“São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Acre… E tem outros candidatos que poderão surgir, mas, até agora, nós colocamos na mesa esses cinco estados. Pode surgir, por exemplo, o Maranhão, onde o PSB, provavelmente, terá candidato também; pode surgir Alagoas”.
Por fim, Siqueira foi questionado sobre a tese de que uma federação com o PT poderia diminuir a musculatura política do PSB, ou seja, um retrocesso para um partido que está passando por um processo de autorreforma.
“Depende muito das regras que forem estabelecidas. Não queremos ter uma posição prévia sobre ser contra ou a favor da federação sem discuti-la e estabelecer claramente as regras. Eu suponho que a federação pode ter muitos problemas que sejam superáveis. Mas vamos ver qual é a abertura que o PT tem e os demais partidos para estabelecer regras aceitáveis”, respondeu.