Neste domingo, 16, a jornalista do Estadão, Eliane Cantanhêde, publicou um artigo no periódico onde tenta ressuscitar a chamada terceira via. Ela deixa claro que não está satisfeita com a falta de entusiasmo e diálogo dos nomes desse campo.
“A eleição presidencial deu um salto no fim do ano e congelou no ar, com Lula confortavelmente na frente, Jair Bolsonaro mantendo um quarto do eleitorado apesar de tudo, Sérgio Moro em terceiro, mas sem chegar a dois dígitos, Ciro Gomes entre ser ou não ser e João Doria estranhamente quieto, fiando-se num selo, pai das vacinas”, escreveu.
Ela avalia que algumas figuras da terceira via já jogaram a toalha porque já estão cristalizando uma disputa polarizada entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro.
“Os que mais querem a terceira via são os que cristalizam a polarização entre Lula e Bolsonaro, jogando a toalha, disseminando o mantra de que ‘não tem jeito’ e antecipando o segundo turno”, disse.
Por fim, ela afirma que é cedo para desistir, pois segundo ela, o cenário poderá “descongelar”. “Vai ter muita lavação de roupa suja e, quando a máquina esquentar, a imagem de hoje pode descongelar. É cedo para jogar a toalha”.