Na última terça-feira, 11, o ex-presidente Lula (PT) se reuniu com representantes do governo da Espanha para debater alguns pontos sobre a revisão de direitos trabalhistas no país europeu.
Em 2012, os espanhóis aprovaram a reforma trabalhista e nove anos depois, o tema voltou ao debate por lá.
Vale ressaltar que em dezembro do ano passado, o governo progressista de Pedro Sánchez liderou uma conciliação para recuperar alguns direitos revogados na reforma aprovada a dez anos.
De acordo com a Carta Capital, Lula demonstrou inspiração no processo que está ocorrendo na Espanha e criou-se um clima de que o eventual governo do líder progressista brasileiro iria revogar integralmente a reforma trabalhista aprovada no Governo de Michel Temer (MDB).
Porém, nem mesmo os espanhóis consideram que não houve revogação da reforma por lá, mas mudanças mínimas. Não foi possível fazer a revogação integral devido a restrições impostas pela União Europeia e pela Confederação Espanhola de Organizações Empresariais.
Por aqui, algo semelhante pode ocorrer no possível governo Lula. Por exemplo, lideranças colocam como carta fora do baralho a volta da obrigatoriedade do imposto sindical, que já foi revogada na reforma de 2017.
Sobre o trabalho intermitente, a avaliação é que seja possível mantê-lo se for “bem negociado”. A justificativa disso seria porque o modelo poderia ser utilizado em questões específicas, sazonal e quando realmente necessário para as empresas.