A equipe econômica do governador e pré-candidato a presidência, João Doria (PSDB-SP), faz a defesa enfática de manter o famigerado Teto de Gastos, aprovado no governo de Michel Temer (MDB).
O autor da medida, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, rebate as inúmeras críticas ao teto com a tese de que a medida gerou “enormes benefícios ao Brasil”.
“Não defendo alteração nenhuma. Coloca-se um limite e ponto final”, declarou Meireles na Folha. Vale ressaltar que ele é o assessor econômico da campanha de Doria.
“O Brasil vivia uma recessão entre 2015 e 2016 que foi a maior da história do país. E a razão era a expansão fiscal, um aumento de gasto insustentável. O teto de gastos colocou um limite nisso. E o Brasil começou a se recuperar imediatamente”, explica.
“Sem ele, estaríamos no mesmo regime de expansão insustentável [de gastos]”, diz em outro trecho da entrevista.
Meireles também tentou minimizar as críticas dizendo que não passam de retóricas e que o famigerado teto não passa de um limite de gastos da União.
“Acho uma crítica meramente retórica. O teto é simplesmente um limite. Você pode chamar de outra coisa, de parede, de muro, do que você quiser. Agora, na realidade, o teto simplesmente estabelece um limite à expansão de despesas”.