Nesta quarta-feira, 12, Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, durante entrevista para um canal bolsonarista.
“Quem é que esses dois pensam que são? Quem eles pensam que são? Vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, a liberdade de expressão. Porque eles não querem assim, porque eles têm candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente”, disparou o inquilino do Planalto.
A declaração foi feita horas depois da divulgação da pesquisa da Genial/Quaest onde o ex-presidente Lula lidera a disputa com praticamente o dobro de votos de Bolsonaro, 45% contra 23%. Além disso, o ataque põe fim a suposta trégua do governo com a Suprema Corte.
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro também atacou uma declaração de Moraes durante o julgamento no TSE da sua chapa de 2018.
Apesar de ter absolvido a chapa Bolsonaro-Mourão, o magistrado foi enfático ao dizer que se houver repetição de crimes nas eleições deste ano, “o registro será cassado” e as pessoas que fizerem isso “irão para a cadeia”.
“Fui julgado no TSE, a chapa Bolsonaro-Mourão, no final do ano passado, e lá foi a vez do senhor Alexandre de Moraes falar claramente: “Houve, sim, fake news. Houve disparo em massa. Sabemos. No ano que vem, se tiver vamos cassar o registro e prender o candidato”. Olha, isso é jogar fora das quatro linhas. Só tenho isso a dizer a vocês”, ameaçou.
Por fim, Bolsonaro falou que o ministro Barroso entende de terrorismo depois que foi questionado sobre um artigo escrito pelo magistrado onde ele fala de “terroristas verbais”.
“De terrorismo ele entende. Ele defendeu o terrorista Cesare Battisti. É um direito dele defender terrorista? É um direito. Um advogado tem direito de defender qualquer pessoa, (mesmo) que seja um pedófilo. Eu não defenderia”.