O IBGE divulgou agora a pouco os dados referentes a inflação oficial de 2021. De acordo com o levantamento, o índice fechou o ano em 10,06%, a maior taxa acumulada desde 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT).
No mês passado, a inflação oscilou negativamente para 0,73%, após ter registrado uma taxa de 0,95% em novembro. Mas apesar disso, a inflação ficou acima do teto da meta, de 5,25%.
“Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação veio de Vestuário (2,06%), que acelerou em relação a novembro (0,95%). Na sequência, vieram Artigos de Residência (1,37%) e Alimentação e bebidas (0,84%), grupo este que contribuiu com o maior impacto no índice do mês (0,17 p.p.)”, diz o relatório do IBGE.
Ainda segundo o instituto, o grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no acumulado, foi peça chave para influenciar no resultado de 2021.
“O grupo dos Transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis”, afirma o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
“Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, completou.
Em seguida vieram Habitação (13,05%), que subiu 2,05 p.p., e Alimentação e Bebidas (7,94%) com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.
O índice de 2021 foi acima do esperado das expectativas do mercado. Especialistas ouvidos pela Reuters apostavam que a inflação fechasse o ano em 9,97%.
Para 2022, ano eleitoral e o último do Governo Bolsonaro, o Boletim Focus projeta que a inflação encerre o ano em 5,03%, novamente acima do teto da meta.