Nesta segunda-feira, 10, Jair Bolsonaro demonstrou que teme o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o almirante Antônio Barra Torres.
Em entrevista a Rádio Jovem Pan, o inquilino do Planalto recuou dos ataques ao órgão e disse que não acusou ninguém de corrupção. Mas por outro lado, ele classificou a carta de resposta elaborada pelo almirante de “agressiva”.
“Carta agressiva, não tinha motivo para aquilo. Eu falei ‘o que está por trás do que a Anvisa vem fazendo’, ninguém acusou ninguém de corrupto. Por enquanto, não tenho o que fazer no tocante a isso aí”, disse Bolsonaro.
Na transmissão feita a TV Nova Nordeste na última quinta, 6, ele lançou suspeitas de corrupção na Anvisa pelo fato do órgão ter autorizado a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
“Você vai vacinar o teu filho contra a algo que o jovem por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade dele morrer é quase zero? O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?”, perguntou.
Já no sábado, 9, o próprio Barra Torres escreveu e divulgou uma carta onde desafiou Bolsonaro a apresentar algum documento ou prova contundente que indique prática de corrupção por parte dele e de sua equipe da Anvisa.