Nesta quinta-feira, 6, foi a vez do economista Afonso Celso Pastore, responsável pela plataforma econômica do pré-candidato a presidência Sérgio Moro (Podemos), publicar seu artigo na Folha.
No texto, Pastore que presidiu o Banco Central durante a Ditadura Militar (1979-1985), defendeu que a infraestrutura do país seja de responsabilidade da iniciativa privada.
“Outro exemplo está no campo da infraestrutura, que é complexo e requer uma análise isolada e profunda, mas que deverá ser realizado em grande parte pelo setor privado, na forma de concessões”, escreveu.
Além disso, o economista fala em outros pontos que o “programa” de Moro vai abordar como meio ambiente e distribuição de renda, sem detalhar as propostas.
“O objetivo do programa de governo é a retomada do crescimento econômico. Porém, o que se deseja é um crescimento que seja, ao mesmo tempo, inclusivo e sustentável. Inclusivo porque, além do aumento da renda per capita, buscará a eliminação da pobreza extrema e a melhoria da distribuição de renda. Sustentável porque o governo exercerá a sua obrigação de defender o meio ambiente”.
Por fim, Pastore sugere que a candidatura do ex-juiz, considerado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nas condenações contra o ex-presidente Lula, deverá prezar pelas instituições democráticas. Mas por outro lado, ele não deixa de atacar o Partido dos Trabalhadores (PT).
“Não haverá retomada do crescimento sem um aperfeiçoamento das instituições. A capacidade de crescer é uma função da qualidade das instituições. Este foi um dos principais erros do atual governo, no qual a política de confronto e de enfraquecimento das instituições impactou a segurança jurídica e a previsibilidade necessárias ao crescimento econômico”, disse.
“Esse também foi um dos erros do governo do PT. A aposta no capitalismo de compadrio e em um modelo de cooptação de apoio político jamais levaria a um crescimento econômico sustentável. Escolhas políticas erradas aliadas à nova matriz econômica levaram à recessão de 2014 a 2016, da qual ainda não nos recuperamos. É preciso fortalecer as instituições democráticas, que terão que ser respeitadas e aprimoradas, como o fim da reeleição para cargos executivos, eliminação de privilégios e a reforma do Judiciário”, completa.