Gasolina fecha 2021 com alta de 46,7% em comparação com ano passado

Apesar da tendência de estabilidade, o ano termina com a gasolina e o etanol custando mais caro no bolso dos brasileiros, se comparado ao mesmo período de 2020. É o que aponta o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). O mês de dezembro fechou com a gasolina custando em média R$ 6,890 nos postos de abastecimento, alta de 46,7% em relação a dezembro do ano passado, quando custava R$ 4,696. No comparativo com o mês de novembro, o combustível ficou 0,52% mais barato em dezembro, passando de R$ 6,926 para R$ 6,890, mantendo quedas identificadas na primeira quinzena deste mês.

Já o etanol, com valor médio atual de R$ 5,779, registrou acréscimo de 56,5% em relação a dezembro do ano anterior. Bem como a gasolina, o combustível vem apresentando queda desde a primeira quinzena de dezembro e o valor, que fechou novembro a R$ 5,853, baixou para R$ 5,779, uma economia de 1,26%.

Apesar de ter a maior variação de baixa no valor, de 1,54%, em relação a novembro, o Centro-Oeste permanece no ranking da região com a gasolina mais cara do país, cobrada a R$ 6,951. Em contrapartida, o Centro-Oeste comercializou o etanol mais barato, a R$ 5,346, e com a maior redução de preço, de 6,80%. Já o Sul se destacou na análise com a gasolina mais barata, comercializada a R$ 6,723, e o etanol mais caro (R$ 6,188).

No recorte por estado, o Rio de Janeiro continuou vendendo a gasolina mais cara do país, a R$ 7,282, e o Amapá a mais barata, a R$ 6,388. A gasolina que sofreu maior aumento foi a de Roraima, que passou de R$ 6,846 para R$ 6,931, um acréscimo de (1,24%). Já a que apresentou maior redução (3,50%) foi a gasolina do do Rio Grande do Norte, que passou de R$ 7,149 para R$ 6,899.

Ainda na análise por estado, Roraima também se destaca com o maior aumento no valor do etanol, de 3,49%, passando de R$ 6,184 para R$ 6,400. O Rio Grande do Sul teve a maior média do país, com R$ 6,983. Já o Estado do Mato Grosso, registrou a maior redução no valor do etanol (4,50%), e passou de R$ 5,461 para R$ 5,215. São Paulo também teve grande representatividade na baixa de valor desse combustível, sendo o Estado a cobrar o menor valor médio (R$ 5,078) e a apresentar uma das maiores baixas também, de 4,22%.

Os dados do IPTL também identificaram que nos dias 24, 25 e 26 de dezembro deste ano, feriado do Natal, os brasileiros pagaram 45,53% mais caro pela gasolina, se comparado ao mesmo período do ano passado. O combustível, que no Natal de 2020 custava em média R$ 4,710, neste ano passou para R$ 6,837. Também houve uma diferença no valor durante os três dias – no dia 24, a média nacional estava a R$ 6,834 e no dia 26, em R$ 6,847. Já o etanol, também apresentou acréscimo expressivo em relação ao Natal anterior, de 53,68%, passando de R$ 3,696 para R$ 5,680. A variação ao longo dos três dias de feriado foi mais significativa do que a gasolina – no dia 24 o valor estava R$ 5,654 e no dia 26, em R$ 5,695.

Já conforme levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, o preço da gasolina deve iniciar o ano com queda na média nacional após quase um ano e seis meses de aumentos consecutivos. No primeiro trimestre, a projeção indica uma queda acumulada de 5,94%, com o combustível vendido a R$ 6,18 em março, o menor índice previsto para 2022. Em abril, o preço voltará a subir e atingirá a maior alta em setembro, batendo a casa dos R$ 6,55 – em patamar semelhante ao atual. Assim como em 2021, a expectativa do mercado é de que o real continue desvalorizado frente ao dólar, e a diferença deve aumentar ainda mais a partir de abril.

Fonte: Monitor Mercantil

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