Na noite desta sexta-feira, 31, Jair Bolsonaro fez um pronunciamento de seis minutos em rede nacional de Rádio e TV, antes da virada do ano, e mentiu sobre dados relacionados a pandemia.
Durante a fala, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis e Brasília registraram panelaços.
Ele tentou justificar o atraso da vacinação contra a Covid-19 que começou somente em janeiro com os grupos prioritários. Ele mentiu ao dizer que “não existia vacina disponível no mercado”.
Bolsonaro não citou a proposta da farmacêutica Pfizer que o seu governo ignorou durante meses, até que a CPI da Pandemia descobrisse a rejeição de Bolsonaro com a imunização da população.
De início, a empresa ofertou 70 milhões de doses que seriam distribuídas ao longo de 2021.
O inquilino do Planalto voltou a atacar o passaporte da vacina e a imunização de crianças de 5 a 11 anos de idade aprovada pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). Governadores e prefeitos também não escaparam da ofensiva.
“Não apoiamos o passaporte vacinal nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, defendemos que as vacinas para as crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada”, afirmou.
“Com a política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércios, decretar lockdown e toques de recolher a quebradeira econômica só não se tornou uma realidade porque nós criamos o Pronampe e o BEM, programa para socorrer as pequenas e médias empresas, bem como fomentar acordos entre empregadores e trabalhadores para se evitar demissões”, completou.
E foi somente no final do pronunciamento que Bolsonaro falou sobre as chuvas que castigaram o sul da Bahia e o norte de Minas Gerais.
“Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais, que neste momento estão sofrendo os efeitos das fortes chuvas na região. Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma [Cidadania] e Rogério Marinho [Desenvolvimento Regional] prestassem total apoio aos moradores destes mais de 70 municípios atingidos”.